Em Belo Horizonte para divulgar o Programa de Proteção ao Emprego, o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto (PT), criticou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), a quem chamou de irresponsável. Na terça-feira, Cunha determinou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Em seguida, Rossetto disse que a história vai julgar o comportamento do vice-presidente Michel Temer (PMDB), que praticamente rompeu relações políticas com a presidente Dilma.
“Esta aventura irresponsável do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, pautando o tema do impeachment sem a menor motivação, desorganiza a agenda política do país e deve ser rapidamente derrotada e substituída por uma agenda que interessa à sociedade brasileira. Está é uma agenda irresponsável, que agride a democracia, que agride a soberania popular na medida em que busca tirar a presidente eleita pela população”, criticou.
Para o ministro petista, a forte crise política tem relação direta com o aumento do desemprego do país.
“Não interessa ao país amplificar as divergências e os conflitos. A história vai julgar o comportamento dos homens públicos. O vice-presidente Michel Temer, por duas vezes, jurou defender a Constituição Brasileira e democracia no nosso país”, resumiu, após ser questionado sobre qual avaliação fez sobre o rápido encontro entre Dilma e Temer na quarta-feira à noite.
Balanço
Segundo o ministério do Trabalho e Previdência Social, 43 empresas aderiram ao Programa de Proteção ao Emprego e outros 57 pedidos ainda estão sendo analisados.
Ainda conforme o ministério, quase 39 mil trabalhadores já foram beneficiados com o investimento de cerca de R$ 166 milhões do programa. Em Minas, sete empresas aderiram.
O setor fabril, seguido do automotivo são os mais abrangidos até agora com a adesão de 26 e 32 empresas, respectivamente.