Sob vaias e aplausos, a presidente Dilma Roussef participou neste sábado (3) de dois eventos na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro. No primeiro deles, a abertura da 80ª edição da Exposição Internacional de Gado Zebu (Expozebu), a presidente foi recebida de forma hostil por parte do público, formado por pecuaristas e empresários. Já no lançamento da pedra fundamental de uma fábrica de fertilizantes da Petrobras, Dilma foi ovacionada por centenas de pessoas. A maior parte advinda de assentamentos na periferia da cidade.   Em nenhuma das duas ocasiões a presidente falou sobre assuntos polêmicos, como o movimento de políticos que apoiam um possível retorno do ex-presidente Lula ao pleito eleitoral ou sobre a CPI da Petrobras. Mas, como se trata de uma fábrica da empresa, Dilma acabou falando sobre a importância de sua existência para o país, citando o fato de já ter havido o desejo por sua venda no passado.    “Isso (privatização) é inadmissível. O valor da Petrobras, quando nós chegamos em 2003 ao governo, era de 15,5 bilhões de dólares, e chegou a 94 bilhões de dólares. O Brasil ganha, mas ganha a Petrobras também, e isso é muito importante porque ela tem que ser uma empresa forte senão daqui a pouco já estão falando outra vez o que falavam em 2001 e 2002”, afirmou Dilma.   O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, foi mais incisivo em sua defesa pela empresa, que é tema de uma comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), no Senado. “A Petrobras hoje é vítima de uma minoria que fala mal dela, mas enquanto eles falam mal, essa empresa trabalha pelo país e por eles também. Dá um exemplo de como se pode proceder”, argumentou.   Atualizada às 18h36

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