Na primeira aparição da presidente Dilma Rousseff após as manifestações de domingo (15), que levaram milhares de pessoas às ruas em todo o país, a presidente defendeu as lutas democráticas e a estabilidade da economia brasileira. Sobre os protestos, Dilma lembrou sua história pessoal na luta contra a ditadura, que, segundo ela, permitiu que a população pudesse protestar livremente, e destacou que "o país está mais forte do que nunca". "Muitos da minha geração deram a vida para que pudessem ir às ruas participar. Eu participei dessa defesa da democracia. Nós nunca mais vamos ver no Brasil alguém que for manifestar sua opinião contra quem quer que seja, até mesmo contra a presidente da República, sofrer punição", comentou. "Ao ver as manifestações, não pude deixar de pensar: valeu a pena lutar pela liberdade, pela democracia. Esse país está mais forte do que nunca", acrescentou.
 
No pronunciamento, a petista reconheceu o esgotamento das "políticas de desonerações de impostos e de aumento de subsídios" e defendeu um "novo caminho" na área econômica, ainda segundo a presidente, diante da "exiguidade de recursos" até então disponíveis. Os valores não foram citados pela petista. "Desoneramos impostos e aumentamos subsídios para evitar que a crise chegasse ao trabalhador. Esse caminho agora se esgotou. Devemos iniciar um outro caminho. Somos obrigados a fazer agora ajustes e correções para continuar a crescer. Não estamos acabando com nossas políticas - mantivemos a redução de impostos que recaem sobre a cesta básica, mas tivemos que reajustar alíquotas de desoneração das folhas de pagamento", disse Dilma. "Meu governo tem responsabilidade com a estabilidade da economia. Devemos repudiar sempre quem diz que quanto pior, melhor", completou.

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