Empresa ligada a Pimentel recebeu de empresários

Hoje em Dia (*)
23/10/2015 às 06:55.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:11
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

Em mandado de busca e apreensão da operação Acrônimo em BH, a Polícia Federal (PF) apreendeu documentos de outra empresa de aliados do governador Fernando Pimentel, alvo principal da investigação. Notas fiscais da MOP Consultoria e Assessoria Empresarial foram encontradas na segunda etapa da operação, em 25 de junho.

A MOP está registrada em nome do secretário da Casa Civil, Marco Antônio de Resende Teixeira, e do presidente da Prodemge, Paulo de Moura Ramos. A empresa recebeu R$ 635 mil do Sindicato de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra).

Marco Antônio e Paulo Moura são bastante ligados ao governador e o acompanham desde a Prefeitura de Belo Horizonte. O primeiro foi procurador geral do município. O segundo, como secretário de Governo, tinha, entre outras, a função de negociar com a base de apoio na Câmara Municipal.

A MOP foi desativada no ano passado, após a eleição de Pimentel, dois anos depois de ser fundada. Os pagamentos feitos a MOP foram a título de “serviços de consultoria”, a serem prestados em 2013 e 2014.

Com capital de R$ 50 mil, a empresa tinha como endereço o 13º andar de um edifício na rua dos Aimorés, no Bairro Funcionários, região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Com o aval do Superior Tribunal de Justiça (STJ), as notas fiscais foram encontradas na sede da OPR Consultoria Imobiliária, do secretário especial do governo, Otílio Prado.

Localizada na sala de um prédio na rua do Ouro, no bairro Serra, na Zona Sul de BH, a OPR também está sendo investigada pela Acrônimo. Foi alvo de busca e apreensão de documentos na segunda etapa da operação. No local, os investigadores encontraram objetos pessoais do governador.

O advogado de Pimentel, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, negou que Pimentel seja dono da MOP. Resende alega que a empresa não é investigada e que a abriu como forma de assegurar sua sobrevivência e a do sócio. Paulo Moura não quis comentar o assunto. Já o Setra informou que o contrato foi feito quando os secretários já haviam deixado a prefeitura e que ele já foi encerrado e que não houve valores vultosos.

(*) Com Agência Estado

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