Escândalo revela falta de segurança na Câmara de BH

Lucca Figueiredo - Hoje em Dia
10/05/2013 às 06:58.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:33

O escândalo envolvendo a marcação da presença do vereador Pablito (PSDB) nas três primeiras reuniões deste mês enquanto ele estava nos Estados Unidos traz à tona um outro problema no Legislativo municipal: a falha na segurança do plenário. As câmeras instaladas no local são usadas apenas para a transmissão das reuniões pela internet e no restante do tempo ficam desligadas. Com isso, a apuração de quem foi o responsável por registrar o nome do tucano será prejudicada.

As imagens seriam importantes para elucidar a situação. Uma das estratégias seria cruzar as informações com a lista de presença dos parlamentares nos dias 2, 3 e 6 de maio. Desta forma, seria possível encontrar o responsável pela fraude.

O próprio Pablito afirmou que viu as imagens das sessões em que a presença dele foi marcada, mas não foi possível identificar o responsável por registrar a presença dele. “Vi o que fica disponível na internet. O caso está nas mãos da Procuradoria e tenho certeza que tudo será esclarecido”.

Insegurança

O presidente da Câmara, vereador Léo Burguês (PSDB), já havia determinado a análise das imagens. Ele foi procurado para comentar o assunto, mas na última quinta-feira (8) não esteve na Câmara. O presidente participou de um evento organizado pela Associação Mineira de Municípios (AMM) no Expominas, em Belo Horizonte.

Já o secretário-geral da Câmara, vereador Leonardo Mattos (PV), questionou a falta de câmeras de segurança no principal espaço do Legislativo. “Há câmeras espalhadas por todos os lados da Casa, corredores e plenarinhos onde acontecem as reuniões de comissões, mas não há no principal lugar. É preciso avaliar o caso para evitar problemas mais sérios”, afirmou.

O parlamentar garantiu que irá conversar com os colegas sobre o assunto. Atualmente, o controle do plenário é feito somente pelos seguranças da Casa, que ficam espalhados pelas entradas do plenário e também na galeria.

Corredor

A expectativa é a de que já na próxima semana as primeiras novidades do escândalo comecem a aparecer. A possibilidade de uma falha no painel perde força a cada momento e, com isso, o foco da investigação se volta para a identificação do responsável por digitar a senha de Pablito no plenário.

“Técnicos da Casa garantiram que o sistema está a todo vapor. Isso só reforça as outras teses”, disse Leonardo Mattos.

Enquanto não há um desfecho, nos corredores da Câmara este é o assunto do momento. Alguns nomes de vereadores chegaram a ser especulados, mas nenhum foi confirmado até agora. 

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