(Lucas Prates)
A Advocacia Geral do Estado (AGE) ajuizou, na última quarta-feira (14), uma ação civil declaratória de ilegalidade da greve dos servidores do Judiciário. Parte dos trabalhadores está de braços cruzados desde a última quarta-feira e cobra o cumprimento de um acordo fechado ainda no ano passado. O Tribunal de Justiça, por sua vez, alega que um reajuste salarial comprometeria o orçamento.
Até o fechamento da edição, o caso não havia sido analisado. O aumento escalonado, objeto da greve dos servidores, atenderia cerca de 17 mil funcionários e teria um custo anual em torno de R$ 180 milhões, de acordo com cálculos do Tribunal. Vale lembrar que os trabalhadores já tiveram, no ano passado, um reajuste.
A título de comparação , o governador Antonio Anastasia (PSDB) encaminhou à Assembleia Legislativa um projeto que reajusta os valores das tabelas de vencimento básico de 33 carreiras do Executivo que ficaram de fora do aumento no ano passado. A medida atenderá cerca de 37 mil servidores ativos, inativos e pensionistas.
Os reajustes variam de 5% a 40% e vão gerar um impacto de R$102 milhões anuais na folha de pagamento, ou seja, o número de pessoas a serem beneficiadas será maior e o custo inferior ao que é solicitado pelos servidores da Justiça.
Na última quarta-feira (14), mais uma vez, pessoas que precisaram dos serviços do Tribunal de Justiça tiveram dificuldades. Os grevistas planejam, na próxima segunda-feira, um grande protesto.
Impasse
O coordenador geral do Sindicato dos Servidores da Justiça (Sinjus-MG), Robert França, acredita que a greve poderá chegar ao fim em breve. Para isso, cobra uma negociação. “O novo regimento prevê uma audiência de conciliação entre as partes. Queremos encaminhar para a solução e trazer menos transtornos para a sociedade”, disse.