Nesta segunda-feira (17), foi presa, pela Operação Narcisa, a ex-chefe de Gabinete da Prefeitura de Itaúna, centro-oeste de Minas. Ela é suspeita de comandar uma organização criminosa.
A Operação também cumpriu mandados de busca e apreensão em residências dos investigados e em uma empresa utilizada para lavagem de dinheiro. Documentos, computadores, jóias, notas e recibos foram recolhidos. A promotoria de Justiça investiga outros possíveis envolvidos no esquema, inclusive, Uma dessas pessoas, o procurador-geral do município, foi afastado das suas funções.
Deflagrada pela Promotoria de Combate ao Crime Organizado de Itaúna, com o apoio do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (GCOC) e da Polícia Militar, a operação teve o objetivo de colher provas sobre supostas fraudes em contratos administrativos e desvio de recursos públicos no órgão da administração municipal.
O promotor de Justiça Fábio Galindo Silvestre, que está à frente da ação, afirmou que a apontada como chefe do esquema teve sua prisão determinada pela 1ª Vara Criminal da Comarca, uma vez que as investigações prosseguem nos próximos dias, com oitivas de suspeitos e testemunhas, e, em liberdade, "ela já demonstrou disposição em turbar os trabalhos da Justiça criminal".
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou que a prisão temporária é por prazo determinado e pode ser revogada, prorrogada, ou convertida em prisão preventiva, conforme o curso das investigações.
Os crimes investigados são de formação quadrilha (art. 288 do Código Penal), corrupção ativa e passiva (arts. 317 e 333 do Código Penal), lavagem de dinheiro (lei n.º 9.613/98) e crimes licitatórios (lei n.º 8.666/93).