O ex-deputado do PP Pedro Corrêa assinou na sexta-feira (11) um acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República).
A colaboração inclui mais de cem nomes de políticos, entre eles o ex-presidente Lula, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ministro-chefe da casa civil Jaques Wagner, como revelou a Folha de S.Paulo em janeiro, e conta com mais de 70 anexos.
O ex-parlamentar também entregou uma lista com supostos operadores, que traz figuras como Benedito de Oliveira, o Bené, investigado na Operação Acrônimo, que apura suspeitas de irregularidades na campanha de Fernando Pimentel (PT) ao governo de Minas e indícios de compra de medidas provisórias.
O acordo, porém, ainda não foi homologado pelo STF (Superior Tribunal Federal). Corrêa foi o segundo político a fechar acordo de delação no âmbito da operação Lava Jato. O outro foi o senador Delcídio do Amaral (PT-MS).
Preso em Curitiba, Corrêa foi condenado a 20 anos de prisão sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema da Petrobras. A sentença aponta recebimento de R$ 11,7 milhões em propina. O ex-deputado federal por Pernambuco já havia sido condenado a sete anos de prisão no processo do mensalão.