Ex-diretor da Dersa promete falar à CPI do Cachoeira

Fernando Gallo
20/08/2012 às 10:03.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:35

Convocado a depor na CPI do Cachoeira no dia 29, o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, afirmou que não vai pedir habeas corpus à Justiça e que está disposto a responder às perguntas dos parlamentares. O engenheiro deixou a estatal paulista em abril de 2010 e, na campanha presidencial daquele ano, foi citado pela então candidata do PT Dilma Rousseff em debate com o tucano José Serra.

"Vou falar tudo o que eu desejo falar desde 2010 para cá", afirmou Vieira de Souza ao Estado, ao ser questionado se apenas responderia às perguntas dos parlamentares ou se levaria informações à CPI. O ex-diretor da Dersa disse que responderá "a qualquer pergunta dos parlamentares, de tudo o que for do meu conhecimento".

Vieira de Souza tornou-se personagem da eleição de 2010 ao surgirem suspeitas de que teria desviado doações recebidas pelo PSDB - ele nega. Naquela campanha, Dilma afirmou em debate na TV que o engenheiro "fugiu com R$ 4 milhões" que seriam usados na campanha de Serra. Vieira de Souza assumiu a Diretoria de Engenharia da Dersa durante a gestão do tucano no governo do Estado.

O ex-dirigente indicou que ficará na defensiva em relação a acusações feitas pelo ex-diretor do Dnit Luiz Antonio Pagot. Um dos "faxinados" do Ministério dos Transportes em 2011 após suspeitas de corrupção no setor, Pagot disse à revista IstoÉ ter ouvido de um procurador de uma empreiteira que dinheiro de obras do Rodoanel teria sido desviado para uso em campanha eleitoral. Na ocasião, Serra classificou se tratar de "calúnia pré-eleitoral aloprada". À revista Época, Pagot disse que o tesoureiro de campanha do PT em 2010, José de Fillipi Júnior, pediu ajuda para obter doações.

"Pelo que conheço da personalidade do Pagot, ele vai falar (sobre os esquemas de arrecadação)", avaliou Vieira de Souza, que vai à CPI um dia depois do ex-diretor do Dnit. O engenheiro afirma que sua estratégia independe do depoimento de Pagot. "A minha posição eu já tenho. Qualquer pessoa que falar de mim e não provar, eu processo", afirmou. "Tem 18 processos que movo, e nenhum contra mim." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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