Falta quórum, mas sobram polêmicas na Assembleia de Minas

Aline Louise - Hoje em Dia
08/01/2015 às 07:48.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:36
 (FREDERICO HAIKAL)

(FREDERICO HAIKAL)

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) foi tomada na última quarta-feira (7) por uma nova polêmica em torno do anúncio de um futuro reajuste nos salários do primeiro escalão do governo, adiantado pelo Hoje em Dia na segunda-feira (5). Segundo o deputado João Leite (PSDB), a justificativa dada pelo líder de governo, deputado Durval Ângelo (PT), de que o aumento era para garantir uma remuneração “real”, sem a necessidade de acréscimos através de jetons, coloca o próprio governador Fernando Pimentel (PT) na berlinda.

“O Durval chamou o Pimentel de hipócrita, porque quando ele era ministro ele era um dos que mais inflava o salário com o recebimento de jetons”, disse João Leite. Os jetons são os pagamentos recebidos pelos agentes políticos pela participação em conselhos de estatais.

O deputado lembrou que um levantamento do jornal “Estado de S. Paulo” veiculado em abril de 2012, quando Pimentel era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, mostrou que ele “engordava” o salário com jetons como presidente do conselho do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e membro do conselho do BNDES Participações S.A. (BNDESPar). Dessa forma, somaria uma renda mensal de R$ 38,1 mil.

À época, o então líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), porta-voz dos citados na matéria, disse ser “correta” a participação de ministros em conselhos de empresas que têm projetos vinculados aos seus ministérios.

O deputado Durval Ângelo não foi encontrado para comentar a crítica. Mas o colega de partido, deputado Rogério Correa (PT), fez a defesa. “Quem fazia mal uso dos jetons eram os tucanos. Os secretários têm salários muito abaixo de técnicos que exercem funções semelhantes. O reajuste é uma necessidade”.

O parlamentar ressaltou que a nova gestão pretende valorizar todo o funcionalismo. Segundo ele a comissão que vai estudar a implantação do piso salarial nacional para os professores concluirá seus trabalhos em 90 dias.

Quórum

Na última quarta-feira (7), a pesar de ter havido convocação para reunião plenária, apenas 16 dos 26 necessários compareceram. Os parlamentares estão em “recesso branco”, já que formalmente os trabalhos ainda não foram encerados.  

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