Ganhando R$ 4 mil, Romeu Queiroz começa a trabalhar na própria empresa

Patrícia Britto - Folhapress
24/01/2014 às 18:48.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:34
 (Frederico Haikal/Hoje em Dia)

(Frederico Haikal/Hoje em Dia)

SÃO PAULO - O ex-deputado federal Romeu Queiroz (PTB-MG), que cumpre pena por participação no esquema do mensalão, começou a trabalhar em sua própria empresa, a RQ Participações S/A.

Queiroz foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e cumpre pena de seis anos e meio, em regime semiaberto, em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte.

O ex-parlamentar trabalhará como gerente administrativo e financeiro na sede da empresa, no bairro de Lourdes, região Centro-Sul de Belo Horizonte, e receberá remuneração mensal de R$ 4.000, de acordo com a proposta encaminhada pela empresa à Vara de Execuções Penais.

O expediente será de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas, com duas horas de almoço, e aos sábados, das 8 às 12 horas, de acordo com informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

A autorização para Romeu Queiroz trabalhar fora da prisão foi concedida no dia 14 de janeiro. Como não havia vaga em uma das instituições parceiras do sistema prisional, a Justiça mineira permitiu o credenciamento da RQ Participações S/A.

De acordo com o site da Receita Federal, a empresa é uma holding de instituições não financeiras que atua no ramo de serviços combinados de escritório e apoio administrativo. Com o credenciamento, ela também deverá receber outros presos que cumprem pena em regime semiaberto.

Rogério Tolentino

Também condenado no mensalão, o advogado Rogério Tolentino, ex-sócio e ex-advogado de Marcos Valério, obteve na quarta-feira (22) autorização da Justiça mineira para trabalhar fora da prisão.

Ele ainda não começou a trabalhar, contudo, porque os procedimentos práticos para o início do trabalho ainda não foram concluídos, informou o TJMG.

Tolentino foi condenado a seis anos e dois meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção e também cumpre a pena no regime semiaberto, em Minas Gerais.

Outros três condenados no processo do mensalão também já receberam autorização para trabalhar fora da prisão. O primeiro foi o ex-deputado federal Pedro Henry (PP), que assumiu vaga de diretor administrativo em um hospital privado em Cuiabá.

Em Brasília, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares trabalha como assessor da direção nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), e o ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas, como assistente administrativo em uma empresa de engenharia.

De acordo com a Lei de Execuções Penais, eles poderão contar com o benefício de remissão da pena um dia a menos de prisão a cada três trabalhados.

Procurados, os advogados de Romeu Queiroz, Marcelo Leonardo, e de Rogério Tolentino, Paulo Sérgio Abreu, não foram encontrados.

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