Itália oferece aproximação militar com Brasil após prisão de Battisti

Estadão Conteúdo
23/01/2019 às 17:30.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:11
 (Alan Santos/PR)

(Alan Santos/PR)

Depois de mudar sua postura em relação a Cesare Battisti, o Brasil recebe uma proposta do governo da Itália para destravar um acordo militar e para que Roma seja o interlocutor de Brasília para conseguir um melhor acesso ao mercado europeu para os produtos exportados pelo País. Nesta quarta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro esteve reunido com o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte. Durante o encontro, o italiano agradeceu pela colaboração brasileira no caso de Battisti e ofereceu uma aproximação militar.

De acordo com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Augusto Heleno, um dos pontos levantados seria o interesse dos italianos pela venda de equipamentos militares ao Brasil, além do setor da construção naval. Um dos projetos seria a construção de uma fragata Fremm, com obras na Itália.

Além do setor militar, Roma ofereceu ao Brasil trabalhar para ser uma espécie de porta-voz dos interesses de exportadores nacionais no mercado europeu. "Eles se dispõem a criar um grupo dentro da UE para facilitar o acesso do Brasil ao mercado", explicou o general.

Em declarações à reportagem, o primeiro-ministro Conte explicou que a meta, a partir de agora, é a de aproximar os dois países. "Foi um encontro muito bom. Conversamos como poderemos ampliar nossa cooperação em diferentes campos, inclusive políticos e militar", disse.

Em 2011, diante da decisão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva de conceder asilo a Battisti, diversos acordos entre Brasil e Itália foram cancelados ou congelados. Naquele ano, parlamentares italianos impediram a aprovação de um acordo de cooperação militar entre os dois países. A medida foi vista como uma retaliação ao Brasil.

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