(Wikimedia/Reprodução)
Condenado a 12 anos e sete meses de prisão no escândalo do mensalão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato aproveitou sua dupla cidadania brasileira e italiana para deixar o país. Ele agora irá apelar para um novo julgamento no país europeu. O periódico Il Fatto Quotidiano noticiou a fuga do "banqueiro brasileiro Pizzolato", condenado no "julgamento histórico do mensalão". O jornal também ressaltou a relação do PT com a presidente Dilma Rousseff.
O noticiário Lettera 43 destacou a fuga de Pizzolato para escapar da cadeia e disse que a prisão dos condenados encerra um triste capítulo da história da corrupção no Brasil. Já o Corriere Della Sera afirmou que o brasileiro fugiu para a Itália, onde tem passaporte, para evitar a extradição. O texto destacou que agora é o país europeu quem abriga um condenado brasileiro, depois do contrário acontecer no caso de Cesare Battisti.
Interpol no caso
No feriado da Proclamação da República, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, expediu mandados de prisão para 12 condenados, entre eles o ex-diretor do Banco do Banco do Brasil. Apenas Pizzolato não se entregou. Neste sábado à tarde, a PF informou que o nome dele será lançado na lista de foragidos da Interpol, organização internacional de auxílio às polícias de diversos países.
O ex-diretor do BB foi condenado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Sua fuga tem potencial para causar desgastes no governo federal. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, havia determinado ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello, que coordenasse os trabalhos de cumprimento das ordens de prisão.
Segundo fontes ouvidas pela reportagem, Pizzolato teria deixado o País há cerca de 45 dias, por terra, atravessando a fronteira com o Paraguai e chegando a Pedro Juan Caballero. De lá, ele teria seguido para a Itália. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Wilson Tosta, Thaise Temoteo/colaborou Ricardo Brito)
(*) Com Agência Estado