Juiz de Minas ordena soltura de preso citando impeachment de Dilma

Da Redação*
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01/09/2016 às 18:28.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:39
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Um juiz da 17ª Vara da Justiça Federal de Minas Gerais expediu no último sábado (27) um despacho determinando a soltura de um homem preso pela Polícia Federal por comércio ilegal. O juiz cumpriu os trâmites normais de processos de soltura, mas surpreendeu na forma como escreveu a sentença. É que ele decidiu protestar contra o processo de impeachment de Dilma Rousseff, que, até então, não havia sido concluído.

No documento, o juiz Carlos Alberto Simões de Tomaz entendeu que não havia causa justa para a detenção do homem, que estava em um presídio de Belo Horizonte. Ao determinar a sentença, Tomaz escreveu que o preso em questão estava trabalhando para "ganhar seu pão", enquanto, nas suas palavras, "os bandidos deste país, que deveriam estar presos, estão soltos dando golpe na Democracia".

A assessoria da Justiça Federal de Minas Gerais disse que o juiz não comentará sobre o caso, mas confirmou a decisão. De acordo com a assessoria, Carlos Alberto estava de plantão quando escreveu a sentença e teria expedido mais três alvarás de soltura no mesmo dia.

Segundo a Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais, o preso foi solto no domingo (28) assim que rececebu a decisão.

O juiz mineiro expediu a sentença do ambulante quatro dias antes de o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff chegar ao fim. Em votação no Senado Federal na última quarta-feira (31), 61 dos 81 senadores votaram a favor da deposição da petista e Michel Temer tornou-se definitivamente presidente da República.

*Colaborou Mariana Nogueira

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