Líderes do PSDB e DEM pedem novas eleições para enfrentar crise política

Estadão Conteúdo
06/08/2015 às 17:45.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:15

Líderes do PSDB e do DEM na Câmara e no Senado defenderam nesta quinta-feira (6) que a saída para a crise é a realização de novas eleições e não o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A declaração foi dada no mesmo dia em que a imprensa revelou que tucanos e peemedebistas se reuniram para discutir a possibilidade de abertura de um processo de impedimento contra a petista. Caso isso aconteça, o vice-presidente Michel Temer, que é do PMDB, assumiria o cargo.

Os tucanos disseram ainda que concordavam "parcialmente" com a avaliação feita por Temer na quarta-feira (5) de que estava faltando uma pessoa no cenário nacional que conseguisse unir o País, mas deixaram claro que essa pessoa não seria o peemedebista. "Não será através de um acordo, de um conchavo político, de um entendimento meramente entre partidos, que nós encontraremos saída para esta crise. Precisamos, sim, de alguém que una a Nação, e esse alguém só surgirá legitimado pelas urnas", disse Cássio.

Os tucanos fizeram um apelo para que as pessoas que forem às ruas no próximo dia 16 se manifestem a favor da realização de novas eleições e deixem de lado a bandeira do impeachment. "Estamos lançando um movimento para que a sociedade brasileira reflita que a melhor saída para a gravidade da crise são novas eleições", disse o líder do Senado.

Para o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), somente novas eleições poderiam dar legitimidade a um novo governante na condução do país. “É determinante agora convocar novas eleições. Estamos em uma democracia, e esse “alguém”, ao qual ele [Temer] se referiu, não pode sair de conchavos de cúpulas político-partidárias ungido como salvador da pátria", disse o senador.

As lideranças refutaram a tese do PT de que pedir uma nova eleição era um movimento golpista da oposição e disseram que estavam "na expectativa" da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que investiga irregularidades nas contas da campanha que podem resultar na cassação do mandato de Dilma. O caso deve ser julgado até outubro.
http://www.estadao.com.br

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