Lindbergh diz que não retira candidatura a governo do RJ

Ricardo Brito
26/02/2013 às 15:06.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:22

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou nesta terça-feira que "de forma nenhuma" vai retirar sua candidatura ao governo do Rio de Janeiro no próximo ano. Na segunda-feira o diretório fluminense do PMDB cobrou em nota a desistência de Lindbergh e o apoio do PT ao nome do atual vice-governador Luiz Fernando Pezão, sob a ameaça de não garantir palanque para a candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff no Rio.

"Não, de forma nenhuma (retiro a candidatura). Eles sabem que a nossa candidatura está colocada. Nós já apoiamos o PMDB e a nossa candidatura está colocada. Eu sinceramente só não acho que essa foi uma forma elegante de tratar desse tema", afirmou Lindbergh, em entrevista coletiva logo após ser eleito presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. "Acho que não fica bem quem quer dar declaração colocar contra a parede", criticou.

Segundo o senador, "as coisas não funcionam assim, dando ultimato na presidente da República, senão não vamos apoiar". Para ele, a nota não representa força, ao aparentar que a candidatura do PT esteja incomodando, mas demonstração "talvez de fraqueza". O petista lembrou que seu nome foi aprovado por unanimidade em convenção estadual do partido. "Nós vamos continuar caminhando. Vamos caminhar, mas se o PMDB quiser lançar candidatura própria deles, eles estão no seu direito. Não pode, na convenção deles, decidir sobre o que a gente vai fazer. Quem decide é a gente", disse.

O petista garantiu que também "não vai haver" um pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da atual presidente da República para que ele retire a candidatura. Como forma de mostrar o aval da cúpula do PT, ele lembrou que o publicitário João Santana, responsável pela campanha de Dilma em 2010, foi quem coordenou o programa partidário estadual do PT que foi ao ar no final de semana.

Lindbergh Farias isentou o atual governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), de responsabilidade pela nota, embora a reportagem tenha apurado que o pronunciamento tenha contado com o aval do chefe do Executivo estadual. A nota foi assinada pelo presidente do diretório regional do PMDB, Jorge Picciani, que perdeu a disputa ao Senado em 2010 para Lindbergh.
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