Lula e Marta tentam reconciliação até o final de agosto

Fernando Gallo e Daiene Cardoso
18/08/2012 às 08:18.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:33
 (Valter Campanato/ABr)

(Valter Campanato/ABr)

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva combinaram de se encontrar em São Paulo até o fim de agosto. Petistas esperam que a reunião sele um armistício entre ela e o partido e um primeiro passo para o ingresso na campanha de Fernando Haddad (PT).

A data mais provável do encontro é a última semana de agosto. Recentemente, Marta e Lula conversaram por telefone. A senadora ligou para dizer que estava feliz com a recuperação da saúde do ex-presidente, que concluiu recentemente o tratamento contra o câncer na laringe. Na conversa, não trataram de política.

O gesto, contudo, foi entendido por dirigentes como um sinal de que Marta está disposta a pôr fim a seu autoisolamento político. "A mágoa dela está passando", avalia um correligionário. "Ela sabe que passou o timing de entrar na campanha", diz outro.

Desde que foi forçada por Lula e pela presidente Dilma Rousseff a abrir mão de disputar as prévias petistas que escolheriam o candidato do partido em São Paulo, Marta reluta em entrar na campanha paulistana e por diversas vezes alfinetou Haddad e sua campanha. Além de dizer que ele teria de "gastar muita sola de sapato" e de afirmar, na presença do ex-ministro, que "só o novo não basta", a senadora foi a grande ausência do encontro municipal do partido que selou Haddad como candidato.

Segundo líderes petistas, nos meses que se seguiram ao cancelamento das prévias, a senadora e o ex-presidente cultivaram ressentimentos um pelo outro. Marta, por avaliar que o gesto de Lula a deixou sem um dos horizontes políticos que almejava: um novo mandato no Executivo. Lula, por entender que a senadora erra ao não apoiar Haddad.

Retorno

Embora nesta semana Marta tenha saído da festa do coordenador jurídico do PT Marco Aurélio Carvalho ao ser avisada da chegada de Haddad, petistas entenderam a presença da senadora como um gesto de reaproximação com o partido - ela evita eventos da sigla há meses.

Além disso, a senadora não fez gravações de apoio para a propaganda de nenhum candidato, para evitar o entendimento de que tenta prejudicar Haddad. A campanha do ex-ministro torce para que a reunião com Lula resulte na entrada da senadora na campanha, mas avaliam que esse reforço será paulatino. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
http://www.estadao.com.br

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