MONTES CLAROS - O pré-candidato ao governo de Minas e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), terá o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para disputar o Palácio Tiradentes. A confirmação foi feita na última segunda-feira (20) pelo próprio Pimentel durante evento realizado em Montes Claros, no Norte de Minas.

As visitas a Minas devem começar em fevereiro, com a presença da presidente Dilma Rousseff. “Lula virá e a presidente Dilma também. Provavelmente a agenda será para o mês que vem”, disse o ministro.

Sobre a saída do ministério, Pimentel disse aguardar a sinalização da presidente Dilma Rousseff para as substituições dos cargos. O prazo para que pré-candidatos deixem os cargos públicos é até o início de abril. “A presidente Dilma ainda não decidiu. É possível que ela antecipe essa data para alguns ministros que sejam candidatos”.

Para os petistas, a participação do ex-presidente Lula pode definir as alianças políticas para a campanha deste ano. Em 2013, Lula participou da filiação do filho do ex-vice-presidente José Alencar, Josué Gomes, ao PMDB. A medida causou desconforto entre legendas da base que apoiam Pimentel.

Nos bastidores, não é novidade que o ex-presidente não nutre muita simpatia pelo ministro do Desenvolvimento. Apesar disso, Lula considera Pimentel a melhor chance do PT em Minas.

Parceria

Outra expectativa dos petistas está na parceria com o PMDB para a disputa do governo de Minas. “São aliados no plano nacional e aliados no plano de oposição em Minas, na Assembleia Legislativa. Não há nenhum motivo para caminharmos separados”.

O principal anseio dos petistas é de que o PMDB indice o vice de Pimentel. O partido foi o que mais elegeu prefeitos em 2012 e tem o maior número de filiados no Estado.

Porém, o PMDB não descarta a possibilidade de candidatura própria. “Pode ser que haja duas candidaturas, mas estaremos juntos, com toda a certeza, no segundo turno”, completou o ministro.

Mobilidade urbana recebe R$ 6 bilhões

Três dias após anunciar a liberação de R$ 2,5 bilhões para o metrô da capital mineira, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse que investe no Estado R$ 6 bilhões em mobilidade urbana, enquanto estados e municípios entram com R$ 2 bilhões. No país, segundo a presidente, a mobilidade recebe R$ 140 bilhões. “Nós colocamos R$ 6 bilhões, o Estado e os municípios colocam mais R$ 2 bilhões, e assim fazemos um investimento maior”, disse, referindo-se a Minas Gerais.

Os recursos anunciados para o metrô não devem chegar neste ano, já que o Orçamento Geral da União prevê a liberação de apenas R$ 100 mil para o projeto executivo.

Na última segunda-feira (20), Dilma disse que sua gestão alterou os parâmetros de investimentos ao deixar que o governo federal colocasse recursos na mobilidade. “Nós consideramos que essa questão da mobilidade urbana, principalmente do transporte coletivo urbano, é algo fundamental. Tradicionalmente isso era do governo dos estados. Nós julgamos que era impossível uma questão relevante como é a do transporte coletivo ser algo que a União não participasse”, explicou em entrevista a emissoras de rádios mineiras.

A presidente ainda disse que o governo federal doou 18 mil máquinas, em outra carteira de investimentos para municípios mineiros. A entrega dos equipamentos tem contado com a presença do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel (PT), candidato ao governo estadual.
 

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