Manifestantes que ocupam a Câmara afirmam que foram agredidos por seguranças

Cristina Barroca - Hoje em Dia
05/08/2013 às 16:58.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:41

A reunião da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) nesta segunda-feira (5) foi marcada por represália e violência por parte da equipe que faz a segurança da Casa. A confusão começou depois que manifestantes tentaram entrar na galeria com bandejas de coxinhas para serem distribuídas aos vereadores e foram impedidos.

Segundo Paulo Rocha, integrante do comitê de comunicação da Assembleia Popular Horizontal (APH), um segurança chegou a dar voz de prisão contra um manifestante, mas ninguém foi preso. Os ocupantes informaram que estão reunindo provas e pretendem fazer um Boletim de Ocorrência (BO) ainda nesta segunda.  
 
Um jovem que há mais de 100 horas faz greve de fome também teria sido agredido e durante a confusão chegou a desmaiar. Ele já recebeu atendimento médico e passa bem. 

A assessoria da CMBH informou que o que houve, na verdade, foi uma "tentativa de contenção" de manifestantes que teriam tentado invadir o plenário. E afirmou que a galeria estava aberta para receber a população.  Ainda segundo a assessoria da Casa, o vereador Léo burguês (PSDB), presidente da Câmara de BH, vai dar uma coletiva á imprensa por volta das 17 horas. Eles não souberam precisar o horário.  

Atendendo às reivindicações dos manifestantes, a BHTrans marcou para às 14 horas uma reunião com os ocupantes da Câmara para explicar as planilhas de custo das empresas que detêm concessão da prefeitura para exploração do transporte público. No entanto, o técnico esperado chegou com uma hora de atraso.
 
Os manifestantes portam cartazes cobrando a presença do presidente da CMBH, Leonardo Silveira de Castro Pires, o vereador Léo Burguês (PSDB).
 
Ocupação
 

Desde quinta-feira (1º), após os parlamentares retornarem do recesso, cerca de 30 pessoas decidiram manifestar na CMBH e cobrar por uma audiência pública para a prestação de contas do ano de 2012 por parte da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Lacerda teria realizado essa prestação em abril, mas a reunião foi restrita à Mesa Diretora, e às portas fechadas.
 
No sábado (3), o prefeito classificou o movimento como "partidário" e disse que ele se escora em "factoides". Ele chegou a chamar os manifestantes de "preguiçosos" e "desinformados".
 
Um casal fazia greve de fome em apoio às reivindicações do movimento. A jovem identificada como Ana desistiu do protesto após 50 horas sem comer. A garota de 26 anos desmaiou e precisou ser atendida por médicos do Samu. O rapaz mantém sua postura de não se alimentar e a ocupação da CMBH permanece.

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