Marcelo Miranda (PMDB) é o novo governador do Tocantins

Folhapress
05/10/2014 às 20:29.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:29
 (Facebook Oficial)

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O peemedebista Marcelo Miranda, de 52 anos, foi eleito neste domingo (5) o novo governador do Tocantins. Com 98% das urnas apuradas, tinha 52% dos votos e não podia mais ser alcançado por rivais.

Sandoval Cardoso (SD), de 37 anos, que tentava a reeleição e tinha o apoio do prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP), somava 45%, índice insuficiente para levar o pleito ao segundo turno.

Ex-presidente da Assembleia, Cardoso havia sido eleito governador em eleição indireta em maio, após a renúncia de Siqueira Campos (PSDB), que deixou o cargo para que o filho pudesse concorrer ao governo, o que acabou não ocorrendo.

Miranda, cuja coligação é formada ainda pelo PT, PSD e PV, se elegeu com o discurso de que faria um governo mais humano e próximo da população. Apoiado pela senadora Katia Abreu (PMDB), defendeu seu legado quando foi governador.

Lembrou ter investido durante sua gestão R$ 150 milhões na construção de novas escolas e prometeu discutir com profissionais da saúde melhorias para a área. Também anunciou que aumentaria o efetivo policial por meio de concurso público.

DIFICULDADES NA CAMPANHA
O governador eleito enfrentou dificuldades na campanha, que acabaram não se refletindo nas urnas.

No mês passado, Miranda teve seu nome envolvido na apreensão de R$ 500 mil em espécie com um empresário que embarcava em um avião em Piracanjuba (GO). A aeronave levava três quilos de santinhos de sua campanha.
O peemedebista negou ligação com o caso e disse que se tratava de uma armação de rivais.

Imagens de uma câmera de segurança de um hotel em Goiânia, porém, mostraram que seu irmão, Júnior Miranda, se encontrou com o empresário pego com o dinheiro dias antes da apreensão. O candidato reafirmou não ter ligação com o caso.

Não foi a primeira polêmica em que o político se envolveu durante a campanha. Ele teve a candidatura contestada pelos adversários com base na Lei da Ficha Limpa.

Ex-governador do Tocantins eleito pela primeira vez em 2002, pelo PFL, Miranda foi cassado em 2009, em seu segundo mandato, acusado de abuso de poder político.

Na época, foram questionadas a distribuição de 80 mil óculos pelo governo e a criação de 32.126 cargos comissionados na administração no período eleitoral.

Em 2010, após vencer as eleições para senador, Miranda não pôde assumir por causa da Lei da Ficha Limpa. Neste ano, em julgamento no TRE (Tribunal Regional Eleitoral), o entendimento foi que seu prazo de inelegibilidade terminaria no dia 1º de outubro. Por isso, neste domingo (5), dia das eleições, ele já estaria elegível.

Durante a campanha, com intensa troca de acusações entre os candidatos, Miranda ainda perdeu o vice, Marcelo Lelis (PV), cuja candidatura foi negada devido a uma condenação por abuso de poder econômico nas eleições em 2012. Lelis foi substituído pela mulher, Cláudia Lelis (PV).

No mês passado, o peemedebista ainda teve decretada a indisponibilidade de seus bens pela Justiça Federal por ser alvo de uma ação que aponta contratação irregular de uma organização para gerir hospitais do Estado quando era governador. O político nega

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