Marina engrossa discurso contra adversários em Belo Horizonte

Agência Estado
09/09/2014 às 13:09.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:08
 (WILLIAN AUGUSTO/FUTURA PRESS)

(WILLIAN AUGUSTO/FUTURA PRESS)

A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, engrossou o discurso contra seus principais adversários. Segundo a socialista, Aécio Neves (PSDB-MG) teria que atribuir uma possível vitória às "estruturas" de sua campanha, enquanto a presidente Dilma Rousseff, caso reeleita, terá que agradecer ao aliados do governo sobre os quais já pesaram acusações de corrupção, como Fernando Collor e Paulo Maluf. É a primeira vez que Marina cita os aliados do governo, tema que fazia parte dos discursos de seu antecessor na cabeça de chapa do PSB, o ex-governador Eduardo Campos (PE), morto em acidente aéreo mês passado.

"Se o Aécio ganhar, ele acha que ganhou porque tem tempo de televisão, porque tem muito dinheiro, porque tem muitas estruturas. Se a Dilma ganhar, vai agradecer ao Sarney, ao Renan, ao Collor, ao Maluf", disse, referindo-se respectivamente aos senadores José Sarney (PMDB-AP), Renan Calheiros (PMDB-AL), Fernando Collor (PTB-AL) e ao deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), cuja candidatura foi vetada pela Justiça eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. "Se nós ganharmos, eu só tenho um para agradecer: ao povo brasileiro. É isso que eles não se conformam", acrescentou, em ato em Belo Horizonte nesta terça-feira, 9.

Em seu discurso, a candidata repetiu os nomes dos aliados do governo, acrescentando ainda o do também senador Jáder Barbalho (PMDB-PA), ao afirmar que é possível "ganhar perdendo" porque "transgrediu seus princípios". "Você pode ganhar perdendo (porque) você sabe que mentiu, que se juntou com quem não deveria se juntar. Com Sarney, com Collor, com Renan, com Jáder Barbalho, com Maluf. Nós vamos ganhar ganhando e quem vai nos dar essa vitória é o povo brasileiro", frisou

Marina ainda conclamou a militância a aderir à campanha nas redes sociais para "rebater mentiras" divulgadas pelas campanhas adversárias. E, lembrando o fenômeno do encontro de rios de Amazônia, classificou a adesão popular à candidatura como uma "pororoca de democracia contra as inverdades". "Quero pedir a vocês uma coisa: doem algumas horas, alguns minutos que sejam. A Dilma tem 11 minutos na televisão em troca de cargos para destruir a Petrobras, como acontece agora com a corrupção. O Aécio tem quase cinco (minutos). Eu só tenho dois minutos. Me ajudem. Entrem nas redes sociais, levem a verdade, façam a campanha. O autor dessa vitória é o cidadão, a cidadã brasileira. É disso que eles têm medo", declarou.

Ao chegar para o evento - onde está sendo montada uma estrutura para os shows do Natura Musical, promovido pela Natura, financiadora da candidatura de Marina -, a candidata foi recebida com vaias e gritos de "fundamentalista" e "homofóbica" por parte das pessoas que aguardava para retirar um ingresso para o evento. Os protestos se referiam principalmente às "mudanças no que ela diz o tempo todo", segundo uma das manifestantes contrária à candidata, que não quis se identificar.
http://www.estadao.com.br

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por