Mineiros reclamam da execução do PAC 2 com só três intervenções prontas

Telmo Fadul, de Brasília
28/07/2012 às 09:34.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:54

O baixo nível de execução das obras da 2ª edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) – que tem apenas três intervenções concluídas em Minas Gerais segundo balanço divulgado pelo ministério do Planejamento – tem provocado manifestações indignadas de senadores e deputados federais do Estado, insatisfeitos com os atrasos.

 

A principal preocupação dos parlamentares diz respeito às obras de infraestrutura rodoviária. Dos 39 empreendimentos previstos para Minas na área, somente um já foi finalizado: a duplicação de 83 quilômetros da BR-262, entre Betim e Nova Serrana. Os demais projetos estão em estágio inicial ou não saíram do papel.

 

“O PAC 2 é um desastre para as rodovias”, começou o senador mineiro Clésio Andrade (PMDB), que também preside a Confederação Nacional dos Transportes (CNT). De acordo com ele, o escândalo de corrupção no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a consequente demissão de funcionários do setor no ano passado levou ao travamento de obras.
Clésio Andrade acredita, porém, que a “dificuldade gerencial” apresentada pelo Executivo nos últimos tempos está próxima do fim. “Nós já notamos uma maior disposição do governo em agilizar as obras. A nossa esperança é que, dentro dos próximos 60 dias, tenhamos uma melhor definição desse cenário”. Para o senador, as intervenções estarão prontas até o fim do governo Dilma Rousseff.
Usinas

 

Além da duplicação de parte da BR 262, o governo federal já conseguiu terminar em Minas a construção de duas usinas térmicas movidas a biomassa. Os demais empreendimentos da área de energia, assim como os de saneamento básico e habitação, caminham em ritmo lento. O ministério do Planejamento rebate a acusação de atraso com a alegação de que o prazo final para entrega dos projetos permanece o mesmo.
O deputado federal Domingos Sávio (MG), vice-líder do PSDB na Câmara, é outro que “pesa a mão” nas críticas ao Palácio do Planalto. No entendimento dele, o PAC não avança por dois motivos: “corrupção” e “incompetência administrativa”. “As obras não saírem não nos surpreende. Não é novidade para ninguém que esse governo queima rios de dinheiro público”.

 

O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), responde à oposição com o argumento de que os investimentos obedecem ao cronograma do governo. “Até o final do mandato da presidenta Dilma, boa parte dos problemas de infraestrutura do país estarão resolvidos”, disse. “Nós temos recursos suficientes. Não haverá dificuldade”.

 

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