Ministério dos Transportes reabre crise na base aliada de Dilma em Minas

Ana Flávia Gussen - Hoje em Dia
03/04/2013 às 07:01.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:29

Apesar de possuir a maior malha rodoviária do País e responder por 16% das linhas ferroviárias em atividade, Minas Gerais não conseguiu emplacar um ministro dos Transportes. Com isso, uma crise política foi instalada nas bancadas mineiras, cabendo ao PT tentar “apaziguar” os ânimos dos aliados PMDB e PR.

Na última segunda-feira (1º), a presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou a escolha do baiano César Borges (PR), vice-presidente do Banco Central, para ocupar a cobiçada pasta. “A escolha foi lamentável. Temos que lamentar que não tenha sido um dos excelentes quadros da bancada do PR de Minas. Um ministro mineiro poderia conseguir resolver esses grandes gargalos de Minas”, declarou o senador e presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) Clésio Andrade (PMDB).

Ele se referiu aos deputados Lincoln Portela e Jaime Martins, indicados pelo PR para ocupar a vaga. O deputado federal Leonardo Quintão (PMDB) também pleiteou a vaga.

Inoperante

O senador criticou a ineficiência da pasta. “É um ministério que está inoperante. Desejo uma boa gestão ao César Borges, mas há uma baixa eficiência gerencial no setor”, disparou o mineiro.

Membro da Comissão de Viação e Transportes na Câmara, Jaime Martins (PR) diz que Minas perde com a indicação. “Borges é um bom nome, mas esse é um ministério que é a cara de Minas. Temos grandes gargalos que precisam ser resolvidos”, destacou.

Em resposta às críticas, o presidente estadual do PT, Reginaldo Lopes, credita a demora na execução das demandas mineiras à burocracia advinda da Lei de Licitações. “Uma indicação partidária não reflete no andamento de obras. Trata-se de questão técnica. Estamos batalhando pelo regime diferenciado de contratações como foi no edital da BR-381”.

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