O ministro Gilberto Occhi (Integração Nacional) afirmou, nesta quinta-feira (18) , que vai se licenciar do cargo por 20 dias para se submeter a uma cirurgia de câncer de próstata, mas negou que deixará o posto definitivamente. "Estou esperando os resultados dos exames que fiz em São Paulo e, se sair (para fazer a cirurgia), assume pelo período o secretário-executivo. Deve ser no máximo 20 dias", disse o ministro.
Questionado sobre uma saída definitiva para que seu partido, o PP, resolva questões de disputa interna, Occhi negou que tenha entregado o cargo. "Eu sempre disse ao senador Ciro Nogueira [presidente nacional do PP] que estava à disposição do partido, mas não disse que ia sair", afirmou.
Segundo a reportagem apurou, Occhi avisou a presidente Dilma Rousseff somente sobre sua licença médica e o Palácio do Planalto não cogita fazer nenhuma troca do comando da pasta nos próximos meses.
Nos bastidores, o PP estuda utilizar o cargo de Occhi para um acerto interno do partido, que está em disputa acirrada para a liderança da legenda na Câmara.
Os deputados Cacá Leão (BA) e Aguinaldo Ribeiro (PB) querem o posto na Câmara e, para evitar o racha, um deles ficaria com a Integração Nacional enquanto o outro, com a liderança do PP na Casa.
A eleição para a liderança do PP vai acontecer na próxima semana, numa disputa em segundo turno, e Occhi disse que ainda não há data marcada para sua licença.