(Frederico Haikal)
A gestão do sistema de saúde da capital gerou mais troca de farpas na campanha entre os dois principais candidatos à prefeitura de Belo Horizonte.
No último sábado (11), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o candidato Patrus Ananias (PT) seria o mais adequado para aplicar recursos do governo federal na capital. O secretário de Saúde do prefeito Marcio Lacerda (PSB), Marcelo Teixeira, questionou a falta de apoio do Planalto.
“Patrus vai ter liderança e prioridade de estar junto com profissionais da saúde e aproveitar ao máximo recursos do governo”, disse Padilha.
Questionamento
Teixeira destacou a administração do prefeito na área. “Na gestão anterior tivemos a estagnação do programa Saúde da Família. Expandimos mais de 60 equipes. Os anos que antecedem a gestão do Marcio são de redução de leitos hospitalares”, rebateu.
O secretário também fez uma cobrança ao ministro. “A prefeitura solicitou ao governo federal R$ 25 milhões para sustentar o programa 100%SUS, que implantou 827 leitos em três anos e até agora não obtivemos resposta”, reclamou.
Segundo Teixeira, o pedido foi realizado em abril, antes do rompimento da aliança do PT com o PSB. “É muito preocupante ouvir de um representante do governo federal que ele só vai dar apoio para a cidade se ela for governada pelo partido da presidente”, completou.
Recado
O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, mandou recado para Marcio. “Temos um candidato que implantou o Bolsa Família, o maior programa de proteção social do mundo. Se vamos discutir essa questão, não precisa começar, porque que já ganhamos”, disse.
Neste domingo, tanto Marcio quanto Patrus gravam cenas para o programa eleitoral . Enquanto o socialista faz as imagens na capital mineira, o petista está em São Paulo, onde grava depoimento com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula é a aposta de Patrus para começar a subir nas pesquisas.