MP analisa pedido de prisão de cartola do Cruzeiro que tentou esconder prova

Amália Goulart - Do Hoje em Dia
30/06/2012 às 09:41.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:13
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

O Ministério Público (MP) do Estado analisa a possibilidade de pedir a prisão preventiva do vice-presidente do Cruzeiro e um dos diretores da empresa Stillus Alimentação, José Maria Fialho. Ele foi flagrado em uma interceptação telefônica, tentando esconder documentos que supostamente o incriminam.

O telefonema, conforme adiantou o Hoje em Dia foi realizado de um aparelho fixo a um funcionário da Stillus de nome Evandro no dia da operação “Laranja com Pequi”, deflagrada pelo Ministério Público Estadual. Na ocasião, Fialho disse a Evandro que ele teria de ir à sede da empresa recolher os documentos que estavam sobre sua mesa.

 


Procurado desde o dia da operação Fialho e seu advogado não atendem a reportagem.

Na sexta-feira (29), o Hoje em Dia e a Record Minas mostraram grampo em que Fialho cogitou romper contrato de R$ 11,4 milhões com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) para fornecer bandejão.

 

Quando um suspeito atrapalha as investigações, os promotores podem pedir a prisão do mesmo. Segundo o MPE, a hipótese está sob análise.
Na sexta-feira (29), a Justiça aceitou pedido da Promotoria do Patrimônio Público para que os oito detidos na operação da última terça-feira continuem na cadeia. Eles foram presos em mandados temporários, que têm duração de cinco dias. O MPE pediu, anteontem, a prorrogação das prisões por mais cinco dias, obtendo êxito no Judiciário.

A operação “Laranja com Pequi” desarticulou uma quadrilha que fraudava merenda escolar e alimentação para presídios mineiros. O rombo aos cofres públicos está estimado R$ 55 milhões. Diretores da Stillus e o dono da empresa, Alvimar Perrella, são acusados de direcionamento, formação de cartel e superfaturamento em contratos com a administração.

Na quinta-feira (28), o assessor jurídico da Prefeitura de Montes Claros, Fabricius Veloso, se apresentou aos promotores do caso, em Belo Horizonte. Ele estava foragido. Fabricius, sobrinho de um magistrado de Montes Claros, foi o único que teve a prisão relaxada. Após a apresentação, a Promotoria decidiu deixá-lo em liberdade, pois considera que ele não apresenta risco às investigações.
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