O congresso do PMDB, que acontece nesta terça-feira (17), em Brasília, começou evidenciando as divergências existentes em relação aos rumos do partido.
Já na abertura do evento, alguns peemedebistas, que explicaram a dinâmica do congresso de hoje, mostraram posições distintas sobre mudanças no estatuto. O presidente do PMDB paulista, deputado federal Baleia Rossi, que vai coordenar a sala exclusiva para debater alterações no estatuto peemedebista, afirmou que o estatuto é a constituição da sigla, mas que "precisa ser modernizado". "Não temos absolutamente nada fechado, vamos colher hoje a opinião de todos", explicou.
No sentido contrário, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) fez uma defesa dura do atual estatuto e disse que rejeita qualquer alteração no texto. "Não aceitamos de forma alguma mudança de estatuto", afirmou, dizendo que todas as discussões de hoje querem criar um documento "que já existe".
Já o deputado estadual Requião Filho fez uma questão de ordem afirmando que o congresso não deveria ser o momento para discutir o estatuto. "Se possível, vamos deixar essa discussão do estatuto para os Estados", disse.
Rompimento
O deputado federal Alceu Moreira (PMDB-RS) fez duras críticas ao governo e reforçou o coro de ala do PMDB que defende o rompimento do partido com a presidente Dilma Rousseff. Em discurso durante o congresso do partido nesta manhã, ele chamou o governo de "corrupto" e avaliou que o PT tenta transformar o Brasil em uma república bolivariana. Mais cedo, o deputado Darcísio Perondi (RS) também pregou o rompimento com o governo e defendeu o impeachment de Dilma.
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