Para PT, "julgamento técnico" livrará maioria de mensaleiros

Telmo Fadul - Do Hoje em Dia
09/07/2012 às 07:01.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:25
 (LEO DRUMOND - 31/08/2003)

(LEO DRUMOND - 31/08/2003)

O Supremo Tribunal Federal começa a julgar no dia 2 de agosto o mais importante caso de seus 204 anos de história: o mensalão. De um lado, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresentará provas contra a suposta quadrilha acusada de desviar recursos públicos para a compra de votos no Congresso; de outro, advogados dos 38 réus tentarão demonstrar que o escândalo foi uma farsa montada para prejudicar o governo Lula (PT).

Ultimamente, petistas têm feito circular a versão de que não haveria provas técnicas suficientes para justificar a condenação de figuras notórias do partido, como o ex-presidente da sigla José Genoino e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, arrolado nos autos como chefe do suposto esquema ilegal. A intenção é a de já habituar a opinião pública à interpretação segundo a qual a condenação de parte dos acusados só ocorrerá caso a corte promova um “julgamento político”.

“O STF é uma corte sensata, zelosa com a Constituição. Tenho certeza de que não se deixará levar por um sentimento de falso justiçamento. Todos os fatos estão descritos. E os acusados esperam por essa oportunidade de demonstrar que as ilações não têm fundamento, não resistem a uma análise jurídica mais acurada”, diz o deputado federal Candido Vaccarezza (PT-SP).

Para o ex-líder do governo na Câmara, o STF já deu mostras de que, mesmo sob pressão da sociedade, delibera de modo imparcial. “Os ministros trabalham constantemente para resolver conflitos. Em outras ocasiões, eles não sucumbiram. Então, temos essa certeza e essa tranquilidade de que o julgamento será técnico”.

Petistas admitem que um ou outro réu acabe punido pelo delito de “não contabilização de recursos de campanha”. O plano da sigla, porém, é manter livres pelo menos Genoino e Dirceu – o que dissiparia as suspeitas em relação à direção do PT e ao governo federal.

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