A Prefeitura de Belo Horizonte está requisitando funcionários cedidos à Câmara Municipal. Por conta do fim de um contrato entre os dois poderes, parte dos servidores terá de voltar para os quadros do Executivo a partir da próxima segunda-feira (1°). A situação acontece dois dias depois de o Hoje em Dia publicar o início de uma operação “caça-fantasma” para verificar a atuação dos funcionários da Câmara, a pedido do secretário-geral da Casa, Leonardo Mattos (PV). Coincidências à parte, a informação é a de que cerca de 120 funcionários da prefeitura estariam trabalhando na Câmara. Com o novo acordo, esse número deve cair para 100.   Cada vereador tem, em média, dois funcionários no gabinete, mesmo tendo verbas para contratação de pessoal. Os demais atuam nos setores técnicos da Casa. A situação é benéfica para os trabalhadores, já que eles recebem o salário integral que teriam direito na prefeitura e um acréscimo da Câmara pelo deslocamento.    De acordo com o presidente em exercício da Casa, vereador Wellington Magalhães (PTN), as mudanças fazem parte de ajuste “natural”. “São questões pontuais que serão discutidas. É uma readequação”, afirmou. O líder de Governo, vereador Preto (DEM), também minimizou o assunto.    Convênio   O retorno dos funcionários estaria relacionado com o campo de atuação deles. Alguns atuam fora da área em que foram aprovados nos concursos. Pessoas ligadas à BHTrans, por exemplo, estão lotadas na Câmara.    Dentro da negociação, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) tentou, no início do ano, transferir a responsabilidade do pagamento para a Câmara. O presidente Léo Burguês (PSDB) negou. A solução encontrada foi reduzir o número de servidores. 

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