PBH e Consol se eximem de culpa em acidente com viaduto

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
13/06/2015 às 08:39.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:27
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

O projeto do Viaduto dos Guararapes, que desabou na avenida Pedro I em julho de 2014, havia sido revisado antes mesmo da construção dos pilares. Um documento apresentado nesta sexta-feira (12) pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) mostra que o pilar que cedeu teve a quantidade de aço aumentada em mais de 700 quilos em revisão feita pela empresa responsável pelos projetos, a Consol.    Por causa disso, o ex-secretário de Obras e Infraestrutura da capital e superintendente interino da Sudecap José Lauro Nogueira Terror atribuiu à empresa as falhas na estrutura. “O bloco em questão sofreu na revisão da Consol uma variação de 2.011 kg de aço para 2.758 kg de aço. Esse documento formal mostra que, de fato, a empresa contratada pela Sudecap trabalhou na reconcepção e no recálculo da estrutura”, alegou Terror.   O ex-secretário refutou a ideia de que a obra foi feita às pressas por causa da Copa do Mundo. “Não havia a menor expectativa da administração, de que a gente entregasse o viaduto de forma que ele pudesse funcionar antes da Copa”.   Para tentar mostrar a ausência de omissão por parte da PBH em relação à queda do viaduto, que matou duas pessoas e deixou mais de 20 feridos, Terror apresentou ontem uma linha do tempo de toda a obra. Em coletiva, ele explicou todo o andamento dos processos práticos e burocráticos. O ex-secretário é um dos 19 indiciados pela Polícia Civil no caso.   Outro indiciado, o diretor-presidente da Consol, Maurício de Lana, se defendeu das acusações. Ele explicou que as revisões foram feitas antes da construção do pilar, que seria um procedimento normal já que o primeiro projeto tinha sido baseado em um relevo com imóveis que, posteriormente, foram demolidos. Em nota, reafirmou que o projeto da Consol não foi causa do acidente e que “nos comunicados da fiscalização da Sudecap para a Consol, não há nenhum registro objetivo de erros graves, com apontamento de quais são esses erros, que pudessem causar problemas com as obras”.   A ex-diretora da Sudecap Maria Cristina Novais Araújo foi ouvida novamente pelo MP nesta sexta-feira (12)

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