(Flávio Tavares/Hoje em Dia)
Partido mais prejudicado com a criação das legendas Solidariedade e PROS, o PDT busca na aliança proporcional uma oportunidade para aumentar sua representatividade na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa. Nesta sexta-feira (13), a legenda realiza sua convenção em Minas, quando definirá o apoio à candidatura do PSDB ao governo de Minas. “A ideia é fazermos uma chapa, que pode ser com PPS, PTB que conta com a candidatura do Eros Biodini, que praticamente se elege sozinho e não tira votos de ninguém. Também temos o PSDC, o PMN. Não queremos ser rabo de chapa”, declarou o presidente do PDT de Minas, Mario Heringer. Ano passado, com a criação das novas legendas o PDT diminui sua bancada na Assembleia de cinco para três representantes e, na Câmara, os dois únicos deputados, Zé Silva e Ademir Camilo migraram para o SDD e PROS. A saída de Zé Silva também tirou do PDT uma vaga no primeiro escalão do governo de Minas. Ele ocupava a secretaria de Trabalho e Emprego do ex-governador Antonio Anastasia. Caso seja confirmada a aliança proporcional com os partidos de médio porte, o PDT espera aumentar de uma a três cadeiras em nível federal e estadual. “Estamos com um federal e queremos voltar a ter dois. Na Assembleia queremos voltar a ter uma bancada com cinco”, afirmou o dirigente. Nacional Em nível nacional, o PDT manterá seu apoio à candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT). Atualmente o partido ocupa o Ministério do Trabalho, comandado por Manoel Dias. A legenda liberou os diretórios para formarem suas alianças regionais. Heringer diz que o motivo é a diferença política em cada Estado. Há dois dias, o PDT nacional realizou sua convenção com a presença do presidente Carlos Lupi, que já comandou a pasta do Trabalho, mas foi exonerado em 2011 depois de denúncias de envolvimento em corrupção. A presidente Dilma compareceu ao evento e destacou a parceria histórica entre PT e PDT em nível nacional. “Essa não é nossa realidade em Minas. O partido vai com a Dilma e nós, aqui, com o PSDB”, afirma Heringer. Historicamente, o PDT faz parte da base de governo do PSDB de Minas.