PF abre operação para prender filho de Jorge Picciani e mira Uberaba

Da Redação (*)
14/11/2017 às 07:33.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:41

A Polícia Federal está nas ruas nesta terça-feira (14), para cumprir mandados judiciais em mais um desdobramento da Operação 'Lava Jato'. Um dos alvos é Felipe Picciani, filho do presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani (PMDB). Agentes também estão na cidade de Uberaba, na região do Triângulo Mineiro, cumprindo mandados de busca e apreensão na Agrobilara Comércio e Participações Ltda, empresa ligada à família Picciani.

A Agrobilara é uma empresa agropecuárua com sede na cidade mineira e uma das principais fornecedoras de genética de gado nelore do Brasil. Segundo a investigação, Leonardo Picciani, presidente executivo, vendeu gado superfaturado, configurando em lavagem de dinheiro.

No Rio

Os pedidos são da segunda instância da Procuradoria da República. Há ordem para buscas no gabinete de Jorge Picciani. Também estão na mira da operação o empresário Jacob Barata Filho, o "Rei do Ônibus", e o ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor) Lélis Teixeira.


O "Rei do Ônibus" e Lélis Teixeira foram presos pela Operação Ponto Final em julho passado. Por ordem do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em agosto, os dois foram colocados em liberdade.

A família Picciani foi um dos alvos do acordo de leniência da Carioca Engenharia em abril do ano passado. A matemática Tania Maria Silva Fontenelle, ligada à empreiteira, afirmou que comprou vacas superfaturadas da empresa Agrobilara Comércio e Participações Ltda. para "gerar dinheiro em espécie" para a empreiteira. A Agrobilara pertence à família Picciani.

A executiva ligada à Carioca afirmou que "simplesmente atendia as solicitações de obter dinheiro em espécie e entregava a quem fazia a solicitação ou a pessoas da empresa por eles indicadas".

"Obviamente sabia que a destinação dessas quantias era ilícita, para corrupção ou para doação eleitoral não-declarada; que, entretanto, não manteve contabilidade ou controle disso, pois estava há muitos anos na empresa, tinha a confiança dos acionistas e eram recursos não oficiais que normalmente entregava aos solicitantes", declarou Tania Maria.

(*) Com agências
http://www.estadao.com.br

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