PRB amplia importância e legenda é cortejada por aliados de Dilma

Da redação do Hoje em Dia
28/07/2012 às 08:30.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:54
 (Saeed Khan/AFP)

(Saeed Khan/AFP)

Nos últimos dias, o PRB foi procurado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), membros de sua cúpula jantaram com o candidato à Prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB) e o presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, ouviu da presidente Dilma Rousseff o pedido de que se alie a partidos da base e não aos da oposição.
A briga pelo apoio do partido realça o crescimento da legenda, que ganha cada vez mais importância no cenário político do país. Em São Paulo, o candidato do PRB, Celso Russomanno, aparece, segundo a pesquisa Datafolha divulgada no sábado passado, em empate técnico com Serra. O tucano tem 30% das intenções de voto, e o peerrebista conquistou 26% do eleitorado da maior cidade do país.

 

Em Minas, o momento repercute de forma positiva. “A militância está animada. O empate técnico entre Russomanno e Serra em São Paulo criou maior estímulo às candidaturas daqui”, comenta o presidente do PRB no Estado, Carlos Henrique. Ele diz que pretende dobrar o número de vereadores no próximo pleito. “Hoje, temos nove prefeitos e 100 vereadores no Estado.

 

Em um ano de trabalho, conseguimos atingir 456 comissões provisórias e temos a perspectiva de eleger pelo menos 30 prefeitos, entre os 53 que foram lançados”, conta. Foram lançados ainda 2.087 candidatos a vereador em todo o Estado.

 

A sigla tem candidatura própria em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) com o deputado federal George Hilton, em Ribeirão das Neves, também na RMBH, com Marquinhos Silva, e em Montes Claros, no Norte de Minas, com o candidato Ruy Muniz.
Na capital, o PRB está coligado com o candidato à reeleição, Marcio Lacerda (PSB) e espera aumentar a bancada de um para três parlamentares na Câmara Municipal de BH.
Em âmbito nacional, segundo o presidente estadual do PRB em São Paulo, Vinícius Carvalho, a legenda conta hoje com dez deputados federais, sendo oito eleitos e dois suplentes em exercício, 16 deputados estaduais e 780 vereadores.

 

Este ano, disputará mais de 300 prefeituras, sendo 32 em municípios com mais de 100 mil habitantes. “Essa expansão se dá pelo fato de o eleitor querer uma inovação ideológica dos partidos. Estamos trazendo outra opção que foge da polarização entre os dois partidos de sempre”, afirmou Carvalho. Ele observa que as eleições municipais de outubro serão uma preparação para “saltos maiores” em 2014. “Vamos, no mínimo, dobrar o número de deputados federais e estaduais”, adianta.

 

Na avaliação do doutor em Ciências Políticas pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), Paulo Roberto Figueira Leal, professor na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o PRB criou espaços nos âmbitos municipais. “O partido tem uma influência muito grande entre os evangélicos. Já há conexões políticas que criam espaços de crescimento facilitado à legenda e aos seus aliados”, afirma o cientista.

 

Em 2006, na primeira eleição da qual o PRB participou, a legenda elegeu apenas um deputado federal, o pastor evangélico Léo Vivas (RJ), com 83.127 votos, e três deputados estaduais, além de reeleger o ex-vice-presidente José Alencar na chapa do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, o partido foi o 22ª mais votado para a Câmara.
Em 2010, o número de deputados federais eleitos aumentou para oito, e o de deputados estaduais subiu para 17. A legenda elegeu também um deputado distrital.
No Senado, o representante da sigla atualmente é Eduardo Lopes (RJ), até então suplente do senador Marcelo Crivella, que assumiu o Ministério da Pesca em março deste ano.


 

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