Uma liminar da Justiça determinou o bloqueio dos bens do prefeito e do ex-prefeito de João Monlevade, na região Central de Minas Gerais. Segundo denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), em 2010 e 2011 o então prefeito Gustavo Prandini (PV) realizou obras para a instalação de uma torre de internet e de energia elétrica no terreno do seu secretário de obras, Djalma Bastos, sem contrato ou ato administrativo. As obras eram para a implantação do Monlevade Digital.   Já em 2012, o contrato de locação do imóvel que abriga a torre foi formalizado, também sem licitação. Ainda conforme a ação, outra área também serviria para abrigar os equipamentos, mas o Prandini optou pelo terreno do secretário de obras de sua administração. Pela locação do imóvel, o município de João Monlevade pagava mensalmente R$ 900.   “A dispensa da licitação foi montada e direcionada, pois o prefeito já havia selecionado, entre duas opções, informalmente, o terreno do seu ex-secretário, realizando lá as benfeitorias para a instalação da torre e dos equipamentos de internet”, afirmou o promotor de Justiça, Emerson Henrique do Prado Martins, na Ação Civil Pública (ACP).   Ainda segundo o MPE, em 2012, o ex-secretário solicitou à Prefeitura a rescisão do contrato com o argumento de que iniciaria, em 1º de janeiro de 2013, o exercício de seu mandato como vereador. No entanto, o cancelamento do acordo só foi formalizado este ano pelo atual prefeito Teófilo Torres, que, em seguida, elaborou novo contrato de locação, sem licitação, só que desta vez com o filho do ex-secretário de obras, Jordan Augusto Bastos.   Em função das irregularidades, a Justiça determinou o bloqueio dos bens do prefeito, do ex-prefeito, além do ex-secretário de obras e de seu filho até o valor de R$ 21.600 para o ressarcimento aos cofres públicos de referentes a multa e ao dano causado ao município. 

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