Há quatro anos à frente da Associação Mineira do Ministério Público (AMMP), o procurador de Justiça Nedens Ulisses Vieira busca mais segurança para os promotores e procuradores de Minas Gerais.    Nos últimos 12 anos, quando foram criados grupos de proteção institucional aos membros do Ministério Público, em nível nacional, ao menos um promotor ou procurador sofreu atentado por ano no país.    “Isso considerando atentado direto, tentativa de homicídio, sem contar outros tipos de ameaças”, contou Nedens.    Para o procurador de Justiça, apesar desses casos, houve uma evolução desde a morte do promotor Francisco José Lins do Rêgo, em Belo Horizonte, em 2002. “Os grupos atuam de maneira muito firme e eficiente, mas nós percebemos que ainda não é o suficiente. Precisamos avançar no aprimoramento dessa equipe de proteção institucional para dar uma segurança maior a todos os promotores e procuradores que atuam no Estado, ampliando o grupo, reavaliando os procedimentos de atuação desse grupo e, acima de tudo, equipando cada vez mais com os recursos necessários, pessoais, mas também tecnológicos”, afirmou.   A falta de segurança nos prédios onde funcionam as promotorias no Estado também é uma preocupação para Nedens. “É uma deficiência que existe...a segurança dos edifícios onde funcionam as promotorias de Justiça, principalmente no interior do Estado. Essa é uma cobrança da nossa entidade de classe e é também um compromisso da instituição”, disse o presidente da AMMP.   Nedens avalia que após o atentado sofrido pelo promotor Marcus Vinícius Ribeiro, no mês passado, em Monte Carmelo, as instituições despertaram ainda mais para a necessidade de segurança. “Essa sensibilidade já existia, mas aflorou de uma maneira muito forte agora”.   A entrevista completa com Nedens Ulisses Vieira estará no Página Dois desta segunda-feira (16).

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