Uma manifestação está prevista para a manhã deste sábado (29) na frente da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Na ocasião, os vereadores votarão, em segundo turno, o projeto de lei 417/83, de autoria do Executivo, que concede isenção de imposto para o transporte coletivo por ônibus.
Se aprovado, haverá redução de R$ 0,05 nas passagens na capital. No evento criado para divulgar o protesto no Facebook a informação é de que a manifestação deve começar às 7 horas. Mais de duas mil e quinhentas pessoas já havia confirmado presença no ato, até as 14 horas.
Outro protesto deverá ser realizado no domingo, dia da final da Copa das Confederações, jogo entre Brasil e Espanha no Maracanã.
As manifestações foram votadas e aprovadas na noite desta quinta-feira (27), em mais uma assembleia popular sob o viaduto Santa Tereza, Centro de BH. Segundo avaliação da Polícia Militar, cerca de 200 pessoas participaram do encontro.
Homenagem Durante a assembleia, os protestantes acertaram ainda que vão fazer uma homenagem ao metalúrgico Douglas Henrique de Oliveira, de 21 anos. O jovem morreu após cair do Viaduto José Alencar, na região da Pampulha, durante os protestos dessa quarta-feira (26). Oliveira foi enterrado nesta sexta-feira (28) em Curvelo, na região Central de Minas. O texto do evento criado no Facebook que convoca os internautas a participar do ato caracteriza a ação da Polícia Militar de Minas Gerais como "vergonha e repudiável". "A morte do companheiro Douglas é uma notícia lamentável, mas faremos com que sua presença continue na força do movimento, exigindo o fim da repressão da policial e da criminalização dos movimentos sociais! Queremos a desmilitarização da Polícia no Brasil, um dos últimos países que mantém esse resquício da Ditadura, (contra a indicação da ONU feita no ano passado)", acrescenta ainda o texto. Durante a assembleia, foi sugerido que o Ministério Público investigue a responsabilidade pela morte de Douglas Henrique de Oliveira, de 21 anos, que caiu do viaduto José Alencar. Vandalismo
Sobre os reflexos causados na cidade pela manifestação da quarta-feira, um dos líderes, que não quis se identificar, afirmou discordar dos atos de vandalismo, mas argumentou que não se pode criminalizar as pessoas. Para ele, os prejuízos “fazem parte da luta pela mudança do Brasil”.
Atualizada às 14h14. (*) Com Ana Clara Otoni.