Réu do caso Celso Daniel é condenado a 22 anos

Felipe Frazão
17/08/2012 às 15:03.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:32

Dois réus acusados de sequestrar e matar o ex-prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), em 2002, tiveram destinos diferentes, nesta quinta (16), no Fórum de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Elcyd Oliveira Brito foi condenado a 22 anos de prisão em regime fechado pelo juiz Antonio Augusto Galvão Hristov. Itamar Messias Silva dos Santos, por sua vez, teve o julgamento adiado pelo magistrado, a pedido do advogado de defesa. Elcyd foi considerado culpado por quatro dos sete jurados. Um votou pela absolvição - o que fez os advogados recorrerem da decisão.

Ao fixar a pena, o juiz afirmou ter considerado a personalidade do acusado, que fugiu da cadeia quando cumpria pena por outro crime, e seus antecedentes criminais. Elcyd tem passagem por formação de quadrilha, porte de arma e roubo. "O crime causou um severo clamor social. Isso tem que ser levado em conta na aplicação da pena", disse Hristov.

Os jurados, quatro mulheres e três homens, decidiram que Elcyd teve envolvimento na morte do ex-prefeito de Santo André.

A acusação do promotor Marcio Augusto Friggi, do Ministério Público Estadual de São Paulo, é que Elcyd conduzia a Blazer usada pelos criminosos que mataram Celso Daniel. Elcyd foi condenado por homicídio duplamente qualificado mas negou ontem ter participado do crime, contradizendo depoimentos anteriores em juízo.

Em maio, outros três réus do mesmo processo pegaram penas entre 18 e 24 anos. "A pena foi adequada, proporcional à barbaridade praticada", afirmou o promotor Friggi. O promotor acredita em motivação política: Daniel teria sido morto por discordar do desvio de verbas públicas de Santo André para uso particular. Irmão do ex-prefeito, Bruno José Daniel se disse satisfeito, apesar da demora no julgamento.
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