Renan Calheiros pede acesso a processos da 'Lava Jato' no STF

Estadão Conteúdo
06/03/2015 às 12:36.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:15
 (Agência Senado)

(Agência Senado)

O advogado-geral do Senado Federal, Alberto Cascais, entrou com um pedido de vista para que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tenha acesso aos processos da Operação "Lava Jato" no Supremo Tribunal Federal (STF). Na última terça-feira, 3, o jornal "O Estado de S. Paulo" confirmou que o senador está entre os 54 nomes para os quais o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu abertura de inquérito por suposto envolvimento do esquema de corrupção da Petrobras.

Segundo Cascais, o pedido tem caráter institucional, "uma vez que ele (Renan Calheiros), como presidente do Poder Legislativo, deveria ter sido informado pelo PGR dos elementos contra ele", declarou o advogado, acrescentando que uma informação prévia ao senador serviria para que ele prestasse esclarecimentos. "O presidente entendeu que era momento de pedir ao ministro Teori (Zavascki) que desse vista dos autos antes de ele decidir pela aberta inquérito", declarou.

A expectativa é de o relator do caso da "Lava Jato" no Supremo, o ministro Teori Zavascki, decida nesta sexta-feira, 6, sobre os 28 pedidos de inquérito e sete pedidos de arquivamento apresentados por Janot na última quarta-feira. A reportagem apurou que pelo menos 45 políticos serão alvo de inquéritos no STF.

Na quinta-feira, Calheiros já havia se queixado em entrevista sobre não ter sido avisado pelo procurador de que estaria na lista de investigados no esquema de corrupção. "Lamento que o Ministério Público não tenha ouvido as pessoas como é praxe para que as pessoas questionadas possam se defender, apresentar as suas razões", disse o presidente do Senado.

Cunha

Também esta semana, o presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entrou com pedido no STF para ter acesso aos autos da Operação "Lava Jato". O jornal O Estado de S. Paulo também confirmou que Cunha está entre os parlamentares que serão investigados. O deputado anunciou também esta semana a contratação do ex-procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza para defendê-lo por suposto envolvimento no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras investigado na "Lava Jato".
http://www.estadao.com.br

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