Santander diz em extratos de clientes de alta renda que economia pode piorar se Dilma for reeleita

Agência Estado
25/07/2014 às 17:21.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:31
 (Divulgação/Santander)

(Divulgação/Santander)

O banco Santander fez um alerta a seus clientes mais ricos: se a presidente Dilma Roussef se estabilizar nas pesquisas de opinião para as eleições de outubro ou voltar a subir a bolsa irá cair, os juros subir e o câmbio se desvalorizar. Ou seja, a economia vai se deteriorar.

O alerta foi dado nos extratos de julho do banco Santander para os clientes do segmento Select, que tem renda de mais de R$ 10 mil por mês.

A repercussão foi grande nas redes sociais no Brasil:

SANTANDER FEZ CAMPANHA ABERTA CONTRA DILMA - http://t.co/CTMl6Fbo7G pic.twitter.com/9g6FGSaQrR — PAULO AMORIM (@PauloAmorim13) 25 julho 2014
Ação de Santander dizer q reeleição de Dilma prejudica economia do país: CHANTAGEM. Capital financeiro quer votar pelo brasileiro NO PASARÁN — Cyrus Afshar (@cyrusafa) 25 julho 2014
Sou cliente do Santander e vou buscar mais informações sobre este medo da reeleição da Dilma => http://t.co/lYTImKQnwy — CORONELDOBLOG (@coroneldoblog) 25 julho 2014
Olha o Santander tentando fazer controle de danos depois que todas as suas mazelas foram expostas. http://t.co/yrYkgXlG2y — Pablo Villaça (@pablovillaca) 25 julho 2014
Nos extratos dos ricos o Santander mandou esse texto, nos extratos dos outros veio escrito BAIXA A BOLA POBRES pic.twitter.com/J0a5qa6HSP — John (@JOHN_TRANE) 25 julho 2014

A divulgação pela imprensa do alerta enviado aos clientes no extrato de julho gerou um mal-estar geral no banco. Em sua página principal da internet, a instituição colocou um comunicado dizendo que apenas 0,18% de seus clientes receberam esse tipo de extrato e que o texto não reflete a posição da instituição.

"O referido texto feriu a diretriz interna que estabelece que toda e qualquer análise econômica enviada aos clientes restrinja-se à discussão de variáveis que possam afetar a vida financeira dos correntistas, sem qualquer viés político ou partidário. Sendo assim, o Banco pede desculpas aos clientes que possam ter interpretado a mensagem de forma diversa dessa orientação, e reitera sua convicção de que a economia brasileira seguirá sua bem-sucedida trajetória de desenvolvimento", diz o banco no comunicado.

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