Serra defende política de trânsito, mas usa helicóptero

Julia Duailibi e Bruno Boghossian
16/08/2012 às 10:15.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:30

Minutos antes de deixar uma agenda de campanha a bordo de um helicóptero, o candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, afirmou nesta quarta-feira (15) que a questão do transporte na capital é "crítica" e disse que o trânsito "não piorou, mas também não melhorou" desde 2005, quando assumiu a Prefeitura.

O tucano é o único dos 12 candidatos a prefeito que usa um helicóptero para se locomover pela cidade e cumprir a agenda de candidato. O PSDB firmou contrato com uma empresa chamada Helimarte, uma das maiores companhias de táxi aéreo em São Paulo. Serra usa uma das 13 aeronaves da empresa, que tem na frota os modelos Esquilo, Bell Jet Ranger e um Robinson R44.

O Estado apurou que, no contrato firmado com a campanha de Serra e em vigor desde julho,os pagamentos são feitos mensalmente e cada hora de voo custa R$ 3 mil. Assim, se Serra usasse o helicóptero duas vezes por semana, por duas horas, pagaria R$ 48 mil, por exemplo.

Depois de almoçar com empresários ligados à colônia portuguesa, Serra pegou nesta quarta um helicóptero às 15h08 em um hotel na região dos Jardins, com destino a São Mateus, na zona leste. Se tivesse ido de carro, o tucano teria percorrido 30 km e levado, pelo menos, uma hora para chegar ao local.

"A questão do trânsito é absolutamente essencial", afirmou Serra, antes de embarcar. "Na verdade, se vocês pegarem os números de 2004 e 2005 para cá, pelos indicadores de filas de automóveis, (o trânsito) não piorou, mas também não melhorou", disse o candidato.

Ao discursar, Serra citou investimentos do seu governo e das gestões de aliados em mobilidade urbana. A coordenação da campanha minimiza o uso do helicóptero e destaca os investimentos feitos pelo tucano, como o trecho sul do Rodoanel, a ampliação da Marginal e os corredores metropolitanos. Serra é apresentado pela propaganda tucana como o "administrador que mais investiu na ampliação do metrô e na expansão e modernização dos trens", com R$ 10,5 bilhões de reais em quatro anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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