Sessão da Câmara acaba em tumulto por causa da criação da Frente pela Democracia

Estadão Conteúdo
14/04/2016 às 20:51.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:57
 (José Cruz/ABr)

(José Cruz/ABr)

Terminou em discussão a última sessão plenária da Câmara dos Deputados que antecede o início das sessões destinadas ao julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff. A oposição reclamou que seus parlamentares assinaram a lista para criação da Frente Parlamentar Mista pela Democracia sem saber que ela seria divulgada como documento de apoio à presidente Dilma Rousseff.

Mais cedo, a presidente nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), protocolou o pedido de criação da Frente com assinatura de 186 deputados federais e 32 senadores. No lançamento da Frente, a dirigente do PCdoB afirmou que esses números não significam "necessariamente" que todos esses parlamentares vão votar contra o impeachment. Prova disso é que a frente contava com assinaturas de parlamentares de partidos a favor do impedimento, como PSDB, DEM e PP.

No final da sessão, o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) rasgou o documento no plenário alegando que os colegas da oposição foram enganados. A reação gerou um tumulto e a sessão foi encerrada às pressas.

O líder do PSC, André Moura (SE), deixou a sessão furioso. O parlamentar contou que três deputados de sua bancada assinaram a lista sem saber que a Frente se referia a uma lista de parlamentares contra o impeachment. "É praxe a gente assinar listas", explicou. Segundo o líder, mais de 50 deputados da oposição assinaram o documento sem se dar conta do que se tratava. "É um bando de picaretas, marginais", acusou.

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