Sob o olhar de hoje, Pasadena não foi bom negócio, diz Graça Foster

Agência Estado
26/03/2015 às 14:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:23
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A ex-presidente da Petrobras Maria das Graças Foster afirmou nesta quinta-feira (26), que as refinarias que a Petrobras está construindo hoje "são um bom negócio, embora caríssimas".

Ela também avaliou os resultados da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Segundo ela, sob um olhar dos dias de hoje, Pasadena não foi um bom negócio. "Eu esperava que desse um resultado melhor em 2014. Não deu porque o preço do petróleo caiu no mundo inteiro e as boas margens não aconteceram".

A executiva ressaltou ainda que nunca soube de pagamentos de propinas na Petrobrás.

Gasene

Foster negou que o projeto do Gasoduto Gasene tenha custado 1800% a mais que o previsto. Segundo ela, o valor se refere ao sobrepreço de uma manta geotérmica colocada em um trecho da obra. Graça, entretanto, disse que o valor não é aceitável. "Nem prego pode custar 1800% (a mais que o previsto)", disse.

Graça afirmou que tem gratidão pela presidente Dilma Rousseff, com quem continua conversando e a quem informava sobre problemas na Petrobras. Ela afirmou ainda que a empresa que era de seu marido, CFoster, foi vendida. De acordo com Graça, os contratos da empresa com a Petrobras foram firmados fora de sua linha hierárquica na companhia. Ela disse que o valor do contrato foi de R$ 614 mil, e não US$ 614 milhões.

Sete Brasil

Quanto a Sete Brasil, Graças Foster disse que o modelo é inteligente e bem estruturado, mas não disse que a Sete Brasil tinha uma boa gestão.

Ela lamentou que o pagamento de propinas, afirmado pelo ex-gerente Pedro Barusco, seja verdade. Segundo ela, Barusco, além de João Ferraz, ex-presidente da Sete, era um talento, um quadro excepcional e admirável da Petrobras.

"Sempre tivemos preocupações com a sete Brasil e vamos continuar tendo sempre. Algo feito um bebê, precisa ser muito bem cuidado. Ela informou que a companhia passa por problemas financeiros e que a operação 'Lava-Jato' "atrapalhou muitíssimo". Informou ainda que o governo "trabalha forte" com bancos para resolver os problemas.
http://www.estadao.com.br

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