Superintendente é nomeado e enfrenta greve no Incra-SP

José Maria Tomazela
26/06/2012 às 21:11.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:07

Nomeado nesta terça para o cargo, o novo superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em São Paulo, Wellington Diniz Monteiro, já enfrenta um movimento grevista. Os servidores aprovaram a greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira em protesto contra o que chamam de "loteamento político" das superintendências do órgão. Também reivindicam reposição salarial de 22,08%, aderindo à campanha salarial unificada dos servidores federais. Monteiro, que exercia o cargo de delegado federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em São Paulo, teve a nomeação para o Incra publicada no Diário Oficial da União.

A Associação dos Servidores do Incra em São Paulo e o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal divulgaram moção de repúdio à nomeação. De acordo com o documento, estaria em curso o aparelhamento do órgão pelo mesmo grupo político que bancou a permanência do ex-superintendente Raimundo Pires da Silva no cargo, entre 2003 e 2011. Silva acabou exonerado em decorrência da Operação Desfalque, da Polícia Federal, que investigou um esquema de desvio de recursos da reforma agrária. Dirigentes paulistas do Movimento dos Sem-Terra (MST) defendiam a permanência do interino Alberto Paulo Vasques por acreditar na ligação de Monteiro com grupo de sem-terra liderados por José Rainha Júnior. Investigação da PF mostrou que José Rainha exercia grande influência no Incra paulista, até ser preso na operação.
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