(Carlos Rhienck)
A Mesa Diretora da Assembleia vai apurar um suposto caso de agressão física que teria ocorrido nas dependências do Legislativo. No início da tarde de quarta-feira (12), a polícia legislativa foi chamada para atender a uma ocorrência dentro do gabinete do deputado estadual Cabo Júlio (PMDB). Segundo testemunhas, o parlamentar e seu filho Bruno chegaram às vias de fato durante uma discussão. No fim da tarde, ele negou qualquer atrito com o pai. O caso pode até ser enquadrado como quebra de decoro, segundo declarou o primeiro-secretário Dilzon Melo (PTB). “Solicitei à polícia legislativa um relatório para apurar o que de fato ocorreu. Até agora, temos poucas informações e não podemos falar se houve ou não quebra de decoro”, declarou o deputado. Questionado se a quebra de decoro também serve para ocorrências dentro do gabinete – considerada área restrita do parlamentar – Melo informou que dependerá do resultado da investigação. “Precisamos ver a extensão desse incidente”. O assunto dominou a reunião do plenário na Assembleia. Nos bastidores, os deputados comentavam a suposta briga e buscavam mais informações. Testemunhas Funcionários dos gabinetes próximos, que preferem não se identificar, garantem que o deputado e seu filho se agrediram durante a discussão. Um deles chegou a ligar para a polícia legislativa para pedir ajuda. “Alguns entraram para tentar separar. Mas a briga foi lá dentro (do gabinete). Sei que teve até pontapé”, declarou uma testemunha que não quis ser identificada. Outra testemunha ouviu parte da discussão. “Ele (Bruno) disse que não estava sendo reconhecido por seu trabalho e eles começaram (a discutir). Só sei que foi tudo muito rápido, aí eles fecharam a porta (do gabinete)”. A discussão teria ocorrido por volta do meio dia. A polícia legislativa confirmou que foi acionada e que se deslocou até o gabinete do deputado Cabo Júlio, mas que nada foi registrado. “Recebemos essa informação e o pessoal foi lá, mas na parte de fora não tinha nada. Dentro do gabinete eu não sei, pois ali não temos como intervir”, respondeu o gerente geral da polícia legislativa, Luiz Fernando de Souza Cruz. “Não aconteceu” Bruno Júlio, filho do parlamentar, negou a história. De acordo com ele, os dois passaram a manhã no gabinete e depois saíram para almoçar. “Não sei de onde saiu isso, sério. Estávamos todos no gabinete etiquetando cartas e brincando uns com os outros. Ele disse que ainda voltou à Assembleia no fim da tarde, tendo sido informado sobre a “história”. Cabo Júlio não foi encontrado em seu gabinete. No local, o Hoje em Dia foi informado de que ele estava em uma reunião externa. O deputado não foi localizado em seu telefone celular. Sua assessoria não retornou o pedido da reportagem de uma resposta ao suposto desentendimento com seu filho.