Vereadores acusados de propina são afastados e suplentes serão convocados

Ezequiel Fagundes - Hoje em Dia
31/03/2015 às 15:51.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:27
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

Presos sem prazo para sair da cadeia, três vereadores de São Joaquim de Bicas, na Grande BH, foram afastados do cargo pela Justiça. Acusados de receber propina, eles são alvos da operação “Contra Legem”, deflagrada na semana passada pelo Ministério Público Estadual e Polícia Militar.    Conforme adiantou nessa segunda (30) o portal do Hoje em Dia, o então presidente da Câmara Municipal, empresário Carlinhos da Funerária (PSB), e os vereadores Marcão (PT) e Neném da Horta (PMDB) tiveram a prisão preventiva decretada e foram transferidos do Ceresp da Gameleira, na capital, para a penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. O local abriga presos como o ex-goleiro Bruno e o operador do mensalão do PT Marcos Valério.    Diferentemente da prisão temporária, que pode durar até cinco dias, a prisão preventiva tem prazo indeterminado.    Com a suspensão do exercício das funções públicas, a Câmara de São Joaquim de Bicas vai convocar os suplentes. A decisão de reverter a prisão temporária em preventiva e afastar os parlamentares foi tomada pelo juiz Paulo Sérgio Néris, da comarca de Igarapé. Em seu despacho, o magistrado ressaltou que os três já foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) por corrupção passiva e prevaricação. De acordo com a classificação dos eleitos em 2012, devem tomar posse Cassiano do Tarcísio (PSB), Eni Resende (PT) e Rosé do Nazaré. De acordo com o procurador da Câmara, Jouvert Saraiva, o novo chefe do Legislativo local, Fábio Cândido Corrêa, o Fabinho do Bar (PSDB), vai requisitar ao cartório eleitoral a relação dos suplentes.    Fabinho e outros dois vereadores - Cristiano da Silva Carvalho, o Balança (PMDB) e Enilton César da Silva, Niltinho (PPS) - tiveram mandado de condução coercitiva decretado no dia da operação. Após prestarem depoimento, foram liberados. O grupo é investigado pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa.  Segundo as investigações, eles exigiram R$ 1,2 milhão para aprovar projetos de lei que mudariam o plano diretor da cidade.

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