Vice-presidente é escalado para conter crise e diz que impeachment é inviável

Patrícia Scofield - Hoje em Dia
14/03/2015 às 08:12.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:20
 (Frederico Haikal/Hoje em Dia)

(Frederico Haikal/Hoje em Dia)

A dois dias dos protestos convocados em todo o país pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o vice-presidente Michel Temer (PMDB) saiu em defesa da petista, durante viagem a Belo Horizonte. Mesmo tendo reconhecido uma tensão nas relações entre o Executivo e o Congresso, ele disse que o impedimento “não é útil para o país”. Temer também acredita no fim da crise entre o governo e o PMDB.   “Em primeiro lugar, as manifestações são legítimas. Não há coisa melhor para a democracia do que manifestação. Evidentemente, manifestação nos termos pacíficos, que não agridam (manifestantes) patrimônio e pessoas”, afirmou. “A história do impeachment eu nem falo sobre, porque, no meu modo de ver, é uma coisa inviável, impensável”, completou, durante a apresentação do balanço da campanha “Justiça pela Paz em Casa”, do Tribunal de Justiça.    O vice-presidente veio à capital mineira representando a presidente Dilma Rousseff (PT), que cancelou a viagem na noite da última quinta-feira, alegando problemas de saúde da mãe, Dilma Jane.   Nos bastidores, a informação é a de que não seria bom para a imagem da presidente ser exposta a vaias ou protestos populares, como aconteceu durante agenda em São Paulo, no início da semana.    “Estão querendo uma quebra da institucionalidade que não é útil para país. Se o país passa por dificuldades, você as supera”, acrescentou Temer.   Crise    Ainda segundo o peemedebista, ele é uma das lideranças que estão conduzindo um canal de diálogo entre o governo federal e o Congresso, para evitar prejuízos à governabilidade de Dilma e novas derrotas do governo federal no Legislativo.    “A tensão tem que ser resolvida e é resolvida por este diálogo que está sendo feito e que vai ser levado adiante. Não se cogita o PMDB romper com o governo”, comentou. “O Executivo não governa sozinho. Congresso e Executivo governam juntos. E quando um quer votar matérias com propostas que o outro não quer, é preciso fazer um ‘ajustamento’, aí se vota”, completou.    Petrobras   Na ocasião, Temer chegou a elogiar a postura de Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara, na CPI da Petrobras. Cunha falou que há uma tentativa da Procuradoria-Geral da República (PGR) de “jogar a crise para o Congresso”. “Ele pegou tema por tema de que foi acusado pela PGR e buscou destruir esses argumentos”, afirmou o vice-presidente. 

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