Votação acaba com hipocrisia sobre reforma política, afirma Cunha

Estadao Conteudo
12/06/2015 às 12:12.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:27

Após a aprovação de itens da reforma política como a inclusão na Constituição do financiamento de empresas a partidos e o fim da reeleição, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), avalia que as votações feitas até agora acabam com a "hipocrisia" em torno do tema. "Quando tomamos a decisão política de colocar para votar foi pra que todos pudessem expressar sua real opinião e parassem de sair nos palanques e parassem com aquela hipocrisia 'de defendo isso, defendo aquilo'", afirmou Cunha nesta sexta-feira (12).

Nas duas últimas semanas, os deputados discutiram em primeira votação, além do financiamento de campanhas, fim da reeleição, regras para partidos terem acesso a tempo de TV e a recursos do Fundo Partidário, manutenção do voto obrigatório, mandatos de cinco anos para todos os cargos eletivos, entre outros temas. Foram rejeitadas mudanças no sistema de escolha de deputados e o fim das coligações partidárias nas eleições de vereadores e deputados.

"Ficou claro que o Congresso brasileiro, pelo menos na Câmara os Deputados, quer manter a maioria das teses do sistema atual", disse Eduardo Cunha. Segundo ele, apesar de propostas de reforma estarem em debate há anos, faltava vontade política para ser efetivamente votada. "Com isso vai parar aquele discurso que todo mundo dá entrevista que defende isso, aquilo, [mas] que na prática não tem qualquer apoiamento da Casa e jamais passaria", complementou.

Na próxima semana, os parlamentares devem discutir quem assume a cadeira presidencial nos cinco primeiros dias do ano no qual a mudança passa a valer. Pela linha sucessória, sem presidente e vice empossados, o presidente da Câmara deveria assumir a cadeira no Planalto.

Cunha afirmou também que em 15 dias vai colocar em discussão as regras para o financiamento de empresas a partidos, com a definição, por exemplo, de teto de doações.

Todos os pontos da reforma serão submetidos a uma segunda votação e depois encaminhados ao Senado, que já sinaliza a intenção de rever parte do pacote aprovado na Câmara.
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