Setembro foi marcado por pouco trabalho na Câmara Municipal de Belo Horizonte e muita dedicação dos vereadores às campanhas pelas reeleições. Mesmo com o Legislativo vazio, a Mesa Diretora encontrou espaço para gastar com lanche, onerando o contribuinte, quem de fato paga a conta. Foram R$ 8 mil, às vésperas das eleições, para a realização de seis eventos. O maior deles reuniu 342 pessoas.

A Câmara Municipal não conseguiu explicar com precisão quais foram os eventos realizados na Casa. Na justificativa apresentada ao Diário Oficial do Município, os R$ 8 mil foram gastos em seis ocasiões, com públicos diversos. A Câmara da capital possui 41 vereadores.

Quem forneceu o material alimentício foi nada menos do que a agência de turismo Terra Viagens e Turismo. O Hoje em Dia já havia denunciado a contratação, em fevereiro, da empresa. “Em setembro, certamente não houve nenhum evento de porte. Esse gasto é um despropósito”, disse vereador Arnaldo Godoy (PT).

Nem ele nem Leonardo Mattos (PV) se lembram de eventos na Casa. Sem saber que se tratava de uma matéria sobre o gasto, Mattos disse que o mês antecedente às eleições foi de pouco desempenho.  “Não tiveram projetos importantes. Nada significativo. O foco dos vereadores foi nas eleições, nas campanhas. Não me lembro de nenhum evento. Deve ter tido só algumas entregas de títulos de cidadão honorário”, justificou.
 
Em setembro, foram seis homenagens de vereadores a pessoas da sociedade civil. A de maior peso foi concedida ao lutador de ultimate fighter, Cezar “Mutante”. O problema é que, segundo Godoy, mesmo quando o vereador quer homenagear alguém, é ele quem deve pagar o lanche, se houver.
 
Leia mais sobre a farra do lanche na Edição Digital (clique aqui!)

Compartilhar