Wagner é cotado para o Ministério das Comunicações ou pasta 'política'

Estado Conteudo
20/12/2014 às 12:11.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:27

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), é o nome preferido pela presidente Dilma Rousseff para dirigir o Ministério das Comunicações. Wagner terá uma conversa com Dilma na segunda-feira (22) e espera definir o seu destino. Aos amigos, ele tem dito que gostaria de comandar a Defesa, que cuida das Forças Armadas, e já tratou do assunto com Dilma e com o ex-presidente Lula.   Dilma e Lula, porém, querem Wagner em uma pasta com perfil mais político. O Ministério das Comunicações terá papel estratégico em 2015. Dilma pretende ampliar o Plano Nacional de Banda Larga, e o PT vai brigar pela regulamentação da mídia. Além disso, o ministério terá nova configuração e será fortalecido porque vai absorver toda a publicidade do governo, hoje nas mãos da Secretaria de Comunicação (Secom).   Para o Ministério do Desenvolvimento Agrário Dilma escolheu o deputado Patrus Ananias (PT-MG), ex-prefeito de Belo Horizonte. Patrus foi ministro do Desenvolvimento Social do governo Lula, de 2004 a 2010, e é considerado o "pai" do programa Bolsa Família.   A presidente reservou para o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), o Ministério da Educação, pasta controlada pelo PT desde o governo Lula. Até agora, Cid disse que prefere ocupar a vice-presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid), em Washington, e renovar sua indicação para o Ministério da Integração, responsável pelas obras de transposição do Rio São Francisco.   Em conversas reservadas, ministros do PT alegam que o problema de Cid é a falta de apoio no PROS, partido ao qual ele se filiou no ano passado, quando saiu do PSB do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos - morto num acidente aéreo em agosto - para apoiar a campanha de Dilma pelo segundo mandato. Dos 11 deputados eleitos pelo PROS, apenas quatro são próximos de Cid. No xadrez que vem sendo montado por Dilma, o mais importante para compor o ministério é a aproximação com as bancadas da Câmara e do Senado e a interlocução com setores da sociedade.   O PT tem hoje 17 dos 39 ministérios, mas perderá espaço no primeiro escalão. O partido quer retomar Trabalho, há tempos com o PDT, e tenta emplacar nessa cadeira o ex-presidente da CUT, Artur Henrique Santos. Uma das alternativas em estudo é oferecer ao PDT a pasta de Ciência e Tecnologia, mas os próprios petistas avaliam que não será uma troca fácil.   O ministro do Esporte, Aldo Rabelo, permanecerá no cargo, da mesma forma que José Eduardo Cardozo (Justiça), Tereza Campelo (Desenvolvimento Social) e Ricardo Berzoini (Relações Institucionais), além do poderoso "capitão" do time, Aloizio Mercadante, chefe da Casa Civil. Para Transportes, o mais cotado é o vereador Antônio Carlos Rodrigues (PP) e, para Cidades, o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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