Wagner diz que eventual convite para a Casa Civil seria 'motivo de orgulho'

Folhapress
30/09/2015 às 16:10.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:54

Cotado para assumir a Casa Civil, o ministro Jaques Wagner (Defesa) fez diversos comentários, nesta quarta-feira (30), sobre como deverá ser a articulação política do governo Dilma após a reforma administrativa e ministerial. Ele falou inclusive sobre o papel da Casa Civil daqui para frente, apesar de ainda não ter sido indicado oficialmente para a função.    Após participar de audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Wagner negou já ter recebido o convite para assumir a nova pasta, mas disse que não recusará caso seja convocado para uma nova missão no governo.    "Se esse convite for feito, evidente que, para mim, continuar ajudando a presidente Dilma e o projeto que eu ajudei a construir é motivo de orgulho", disse, após enfatizar a importância de Mercadante para o governo, classificando o atual chefe da Casa Civil como leal e competente.    "Como tenho essa fama de adepto do diálogo, e as pessoas acham que há dificuldades nessa área, as pessoas acham que eu posso contribuir. Mas não acredito em ninguém que seja solucionador isolado", afirmou.    Wagner acredita que não terá problemas na nova função e que não teve nenhum tipo de problema quando precisou trabalhar lado a lado com a presidente Dilma Rousseff, quando ela ocupava o posto na Casa Civil.    "Eu vivi como articulador político junto com a presidente Dilma, quando ela estava na Casa Civil. Não houve nenhum tipo de esbarrão, cada qual tinha sua missão", afirmou.    Com relação as possíveis dificuldades com o PMDB, principalmente nas questões envolvendo votações no Congresso Nacional, Wagner disse que tem uma boa relação com os integrantes do partido e aposta no diálogo do governo para superar os momentos críticos na atual relação.    Wagner deu pistas de como deverá ser o trato do governo para superar os baixos índices de aprovação. Segundo ele, a articulação política com o Congresso deverá ficar por conta de uma "Secretaria de Governo". As atribuições da Casa Civil e da atual secretaria de relações institucionais terão funções diferenciadas, segundo o ministro.    A nova configuração deve "azeitar a relação". "Não pode ter duas ou três cabeças fazendo a mesma negociação. Acaba que não funciona. No dito popular, quando muita mão mexe no feijão, acaba não dando bom resultado", disse.    Wagner ainda descartou o rótulo de "salvador da pátria". "Isso pra mim não existe. Isso é um trabalho de equipe comandado pela presidente. Eu ajudo onde posso ajudar, mesmo na Defesa fora nas minhas missões diretas do ministério, tenho tentado estabelecer sem ultrapassar aquilo que são tarefas de outros ministros, mas tenho tentado ajudar", afirmou o ministro.

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